Quando o termo ‘antimatéria’ aparece em algum contexto, é como se ele nos transportasse para algum filme de ficção científica, tão longe ele parece estar de nosso dia a dia. Isso, por um lado, é certo. Afinal, não é comum que, em uma conversa entre amigos – obviamente, caso não sejam físicos – ou em uma leitura de notícia genérica em jornais ou revistas, nos deparemos com termos como ‘pósitrons’ ou ‘anti-hidrogênio’. Mas a antimatéria faz mais parte de nossa realidade do que se pensa – e, possivelmente, se tornará ainda mais importante no futuro.

Para falar sobre antimatéria, temos que começar com a boa e velha matéria, aquela que, aparentemente, constitui tudo que está à nossa volta. Não faz tanto tempo que sabemos do que a matéria é feita e como ela se estrutura. Foi basicamente ao longo das primeiras décadas do século passado que esse entendimento começou a ganhar bases científicas sólidas: todas as substâncias são feitas de combinações entre os diferentes elementos químicos.