DOENÇA DE CHAGAS:
uma enfermidade tropical que segue negligenciada

Departamento de Química
Universidade Estadual de Londrina
Departamento de Química
Universidade Estadual de Londrina
Laboratório de Síntese de Moléculas Medicinais, Universidade Estadual de Londrina (PR)

Mais de um século depois que a doença de Chagas foi descoberta e descrita por um cientista brasileiro, os números dessa enfermidade seguem preocupantes. Neste momento, no mundo, há 6 milhões de infectados, e, na América Latina, estimam-se 30 mil novos casos por ano – daí, ser considerada uma das chamadas doenças tropicais negligenciadas. Houve grandes avanços no tratamento e controle dessa doença, mas ainda há muito a ser feito em relação a políticas públicas, pesquisas de novos fármacos e rastreio sistemático de focos.

CRÉDITO ABERTURA: ADOBESTOCK

As doenças tropicais negligenciadas (DTN) são um grupo de mais de 25 doenças que afeta mais de 1 bilhão de pessoas mundialmente. Entre elas, as que mais se destacam são as leishmanioses, a esquistossomose, a hanseníase e certas parasitoses intestinais (figura 1).

As DTNs estão intimamente ligadas às condições desfavoráveis de saúde pública, prevalecendo em regiões subdesenvolvidas de clima tropical e subtropical, como a África Subsaariana, a Ásia e a América Latina. Com isso, essas doenças se perpetuam como um problema – principalmente, para as populações de baixa renda e crianças, privadas do acesso à água potável e ao saneamento básico. Portanto, expostas a condições de vulnerabilidade que podem levar a seu adoecimento.

Nesse cenário, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a situação brasileira é preocupante – por exemplo, em 2021, cerca de 20 DTNs foram registradas no país. Além disso, entre 2016 e 2020, mais de 26 milhões de brasileiros se encontravam em situação de risco para as DTNs.

As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) estão intimamente ligadas às condições desfavoráveis de saúde pública, prevalecendo em regiões subdesenvolvidas de clima tropical e subtropical

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