Graças a um bom registro fóssil e análises de DNA, pesquisadores podem compreender hoje como os canídeos chegaram à América do Sul e como se diversificaram em tantas formas em tão pouco tempo. No Brasil, existiram várias espécies de cachorros nativos não encontradas em nenhum outro lugar do globo, as quais evoluíram ocupando diversos nichos que estavam vagos ou eram inexistentes. O estudo dos fósseis desses animais nos permite inferir como eles viviam.
CRÉDITO ABERTURA: ADOBESTOCK
Pense em uma onça. Existe bicho mais representativo de nossa fauna, mais ‘brasileiro’? Em uma perspectiva paleontológica, a onça é uma novidade para o Brasil, uma aquisição recente. O mesmo ocorre com os outros gatos-do-mato que espreitam nas noites, com as antas e os veados que atravessam os cerrados, com as queixadas e os quatis que vasculham o solo das florestas e, é claro, com os cães selvagens (figura 1).
Figura 1. O cachorro-do-mato, que talvez seja o cão sul-americano por excelência, é um bicho comum e amplamente distribuído Brasil afora, não sendo encontrado apenas em algumas regiões da Amazônia
CRÉDITO: MIGUEL RANGEL JR.
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