Jararaca-ilhoa: mitos e ciência

Instituto Butantan (SP)
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Universidade Estadual Paulista
Universidade de São Paulo
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Seria essa a serpente mais venenosa do Brasil? Guardiã de um tesouro pirata? Teria matado famílias e pescadores? A jararaca-ilhoa – espécie exclusiva da Ilha da Queimada Grande, no litoral sul do estado de São Paulo – é alvo constante de boatos, exageros e histórias sensacionalistas. Mas o que, realmente, se sabe sobre ela? Ao combater mitos com fatos, a pesquisa científica tem revelado uma história muito mais interessante (e extremamente urgente) sobre uma das serpentes mais ameaçadas de extinção do planeta.

CRÉDITO: ADOBE STOCK

A jararaca-ilhoa que habita a ‘Ilha das Cobras’ – como é conhecida a Ilha da Queimada Grande, no litoral do estado de São Paulo – é cercada de mitos. Dizem, por exemplo, que essas serpentes foram levadas à ilha para proteger tesouros de piratas ou de navegadores espanhóis, porque seu veneno potente poderia matar uma pessoa instantaneamente. 

Alegam, ainda, que a ilha tem a maior concentração de serpentes do mundo, e que elas teriam matado famílias que moraram lá, bem como seus animais, e até mesmo pescadores que, eventualmente, aportaram na ilha para pegar bananas.

Outras inverdades (não tão chocantes) são sobre a biologia e ecologia da espécie: diz-se que essa serpente se alimenta unicamente de aves e, por isso, é arborícola e tem hábitos exclusivamente diurnos.

Por causa do sensacionalismo, histórias assim têm atraído a atenção do público. Mas essas fake news podem prejudicar a conservação da espécie, considerada criticamente ameaçada de extinção. Para combatê-las, só há um antídoto: a verdade dos fatos científicos sobre a jararaca-ilhoa e seu hábitat (figura 1). 

Figura 1. Jararaca-ilhoa e visão aérea da Ilha da Queimada Grande

CRÉDITO: KARINA BANCI E JOÃO MARCOS ROSA

Mas essas fake news podem prejudicar a conservação da espécie, considerada criticamente ameaçada de extinção

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