Tudo começou em 1900, com uma proposta revolucionária: na natureza, a energia só é gerada e absorvida na forma de diminutos ‘pacotes’. A partir dessa ideia, outras teorias e experimentos, também revolucionários, fizeram do século passado um marco na história da física
CRÉDITO: WIKIMEDIA COMMONS
O conhecimento científico é construído a partir tanto de descobertas que levam a novas teorias quanto de modelos teóricos verificados por experimentos e observações – muitas vezes, as interpretações de resultados experimentais levam a mudanças radicais na forma como compreendemos a natureza.
Nesse sentido, podemos dizer que o século passado foi testemunha das situações mais marcantes da história da física.
O início dessas mudanças radicais se deu em 1900, quando o físico alemão Max Planck (1858-1947) desenvolveu teoria para explicar o comportamento da emissão térmica do chamado corpo negro, objeto que, em tese, absorve toda a radiação que incide sobre ele, emitindo-a de volta quando sua temperatura é maior que a do ambiente que o cerca.
À época, as teorias não conseguiam descrever os resultados experimentais sobre o comportamento do corpo negro. Planck, então, propôs que a emissão era descrita por uma equação simples: E = hf, na qual ‘E’ é a energia; ‘f’, a frequência; e h, uma constante muito pequena (da ordem de 10-34) – mais tarde, chamada constante de Planck.
Planck propôs que a energia era emitida ou absorvida só como múltiplos inteiros desses valores de energia – em termos simples, como ‘pacotes’ de energia. Mais: sua teoria reproduziu com grande precisão os resultados experimentais. Esse foi um marco importante para as mudanças que viriam
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