Diferente do herói silencioso Groot, do universo da Marvel, as plantas têm um eficiente sistema de comunicação, formado por uma linguagem química e por conexões subterrâneas entre raízes e fungos e que é essencial para a vida das florestas
Diferente do herói silencioso Groot, do universo da Marvel, as plantas têm um eficiente sistema de comunicação, formado por uma linguagem química e por conexões subterrâneas entre raízes e fungos e que é essencial para a vida das florestas
Groot, super-herói da série de filmes Guardiões da galáxia, tem poderes inspirados nas plantas
CRÉDITO: FOTO DIVULGAÇÃO
O super-herói Groot, popularizado na série de filmes Guardiões da galáxia, é um alienígena que tem seus poderes inspirados nas plantas. O personagem tem a aparência híbrida de uma árvore com um fisioculturista! Como resultado dessa combinação, ele pode promover ataques com galhos superfortes que crescem instantaneamente! Além disso, como um verdadeiro herói, Groot é capaz de grandes gestos de altruísmo, tendo arriscado sua vida diversas vezes para salvar outros heróis do universo cinematográfico da Marvel. Mas, mesmo com todas essas habilidades, Groot tem uma enorme dificuldade para se comunicar. Por mais complexos que sejam seus pensamentos, o herói só consegue pronunciar uma única frase: “Eu sou Groot!”
Na vida real, as plantas são muito mais eficientes que o personagem da Marvel no quesito comunicação. É o que revela o livro A vida secreta das árvores. Nessa obra, o engenheiro florestal alemão Peter Wohlleben apresenta detalhes surpreendentes da ecologia das plantas. Ele destaca que, na luta pela sobrevivência, as árvores trabalham de maneira coletiva e organizada, tendo como principal estratégia um excelente meio de comunicação.
A linguagem das árvores é baseada principalmente no alfabeto químico. Lançando moléculas ao vento, as plantas conseguem enviar mensagens umas para as outras, mesmo que estejam afastadas por dezenas de metros!
Um exemplo interessante é o que acontece com acácias africanas. Essas árvores, ao serem atacadas por girafas, começam a bombear substâncias tóxicas para suas folhas, deixando-as menos palatáveis e menos digestivas, o que inclusive reduz seu valor nutricional. Depois dessa transformação química na refeição, as girafas desistem de continuar comendo suas folhas!
E a resposta defensiva não para por aí. Ao mesmo tempo em que uma acácia enfrenta girafas, ela também libera um gás chamado etileno. Levado pelo vento, o etileno chega até outras acácias como um alerta vermelho! Assim que a mensagem é recebida, as árvores já começam a bombear toxinas para suas folhas, para que se tornem amargas e venenosas antes mesmo da aproximação das girafas.
Há também árvores que são especialistas em identificar insetos. Os pinheiros, por exemplo, são capazes de diferenciar espécies de lagartas a partir da saliva desses insetos. Se alguma lagarta começar a consumir suas folhas, essas árvores saberão pedir socorro! Elas podem liberar no ar substâncias que atraem vespas predadoras especialistas em caçar justamente aquela espécie de lagarta.
Assim como o herói Groot é capaz de formar vínculos fraternos, as árvores também estabelecem laços de cooperação umas com as outras. Essas conexões são baseadas em uma enorme rede de fungos que permanece oculta, debaixo do solo, intimamente associada às raízes.
Fungos não são plantas, nem animais. Evolutivamente, esses organismos seguiram um caminho independente que resultou em uma enorme diversidade. É fácil reconhecer fungos na forma de cogumelos. Eles estão nos jardins, nas áreas de mata, no tronco de árvores. Mas é importante destacar que os cogumelos são apenas a parte reprodutiva desse organismo. Debaixo do solo está a maior parte do fungo, chamada de micélio vegetativo.
Considerando o tamanho do micélio, há fungos que são verdadeiros gigantes. Na Suíça, foi encontrado um único organismo de uma espécie chamada popularmente de cogumelo-do-mel que se ramifica por 500 metros quadrados! Sua idade estimada é de mil anos. Na América do Norte, outro fungo do mesmo gênero tem medidas ainda mais impressionantes: são 600 toneladas, espalhadas por uma área de 8 quilômetros quadrados, e idade estimada de 2.400 anos! Definitivamente, os maiores seres vivos do mundo são fungos.
É por meio dessas gigantescas redes de micélio que os fungos formam pontes entre as raízes de diversas plantas, podendo conectar florestas inteiras, estabelecendo comunicação inclusive entre espécies diferentes. Os fungos usam sua sensibilidade química para compreender a mensagem de cada árvore. E, então, redistribuem as informações sobre secas, ataques de herbívoros e disponibilidade de nutrientes.
Além de transmitir informações, a rede de fungos também funciona como um serviço de entregas bastante solidário. Se uma das árvores conectadas estiver recebendo menos luz do sol, por exemplo, ela entrará em um processo de desnutrição. Essa condição tem uma assinatura química que é reconhecida pela rede de fungos. Então, o excesso de açúcares que as outras plantas produzirem será direcionado justamente para a árvore fragilizada. Esse compartilhamento de recursos aumenta a chance de sobrevivência tanto dos vegetais conectados quanto do próprio fungo.
A próxima aparição de Groot nas telas de cinema será no filme Guardiões da galáxia: Volume 3, que estreia em maio deste ano, com direção de James Gunn. Se desta vez a ficção for mais embasada nas recentes descobertas sobre a comunicação das plantas, nosso herói arbóreo precisará aumentar seu vocabulário! Mesmo que ele use uma linguagem química ou tenha alguns fungos como intérpretes.
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André Luis Ferraz
Nossa que antigo interessante,eu realmente não sabia que árvores podiam se comunicar dessa forma,e que estranho saber que pinheiros podem indentificar espécies de lagartas a partir das saliva