CRÉDITO: FOTO TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

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A melhora na captação de informações sobre grupos historicamente sub-representados e a construção de um retrato fiel da diversidade da população foram conquistas fundamentais para tornar o Censo 2022 o mais inclusivo da história. Essa evolução só foi possível em função, principalmente, das inovações tecnológicas e processuais adotadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Comparado a recenseamentos realizados mundo afora, o Censo 2022 foi um dos mais inovadores. Entre as novidades, destacam-se técnicas avançadas de georreferenciamento capazes de captar as coordenadas dos endereços e mapeá-los com mais precisão. Essa abordagem permite uma análise mais precisa dos dados, facilitando o planejamento de políticas públicas e, consequentemente, a alocação de recursos e melhor compreensão da dinâmica populacional.
Essas coordenadas também ajudaram a reduzir erros de localização, garantindo informações confiáveis para representar, de forma fidedigna, a realidade brasileira. O uso de imagens de satélite também teve importância ao ajudar a identificar e mapear áreas de difícil acesso, além de fornecer informações atualizadas sobre a ocupação do território, incluindo áreas indígenas e quilombolas.
Como resultado, o Censo 2022 apontou que a população indígena no Brasil é de aproximadamente 1.694.836 pessoas, o que representa 0,83% do total do país. Esse número mostra um aumento significativo em relação ao Censo de 2010, quando foram registrados 897 mil indígenas, representando um crescimento de 88,82% em 12 anos. A pesquisa mostrou que há 1,3 milhão de quilombolas (0,66% da população total).
Outra medida inclusiva do Censo de 2022 foi implementar estratégias para envolver comunidades e organizações da sociedade civil com o objetivo de recensear todas as favelas, comunidades urbanas e outras áreas de alta vulnerabilidade social, garantindo que todos os grupos da população “estivessem representados no mapa”. Foram identificadas 16,4 milhões de pessoas morando em favelas e comunidades urbanas no Brasil, o equivalente a 8,1% da população. Uma das campanhas nesse sentido foi o projeto Favela no Mapa, parceria entre o IBGE, o Instituto Data Favela e a Central Única das Favelas.
O Censo 2022 também evoluiu no retrato da população com deficiência, identificando 14,4 milhões de pessoas ou 7,3% da população total com 2 anos ou mais de idade. A população diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista foi estimada em 2,4 milhões.
Com inovações, estratégias, melhorias e dedicação dos profissionais, o Censo 2022 é um marco na produção de estatísticas sociais, com potencial para orientar políticas públicas mais justas e humanas. O Censo passou pela verificação de uma Pesquisa de Pós-Enumeração, avaliação externa da comunidade científica e observação internacional durante a operação.
O IBGE cumpriu os princípios básicos relativos aos censos de população preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que se referem à universalidade (recensear todos os habitantes); à individualidade (registrar cada pessoa de forma única); à confidencialidade (proteção de dados pessoais), e à relevância (coleta de dados úteis para políticas públicas).
Para a realização do Censo 2022 nos territórios dos povos e comunidades tradicionais, o IBGE realizou consulta prévia, livre e informada, por meio de procedimentos adequados e instituições representativas, seguindo o princípio da OIT (Organização Internacional do Trabalho) conforme a Convenção 169, que se refere ao direito dessas comunidades de serem consultadas e participarem das decisões que as afetem. Esse procedimento de diálogo com as lideranças impactou positivamente a coleta das informações e, consequentemente, os resultados da operação censitária. Esses princípios foram relevantes para garantir que o Censo 2022 fosse preciso, confiável e útil para o desenvolvimento do país.
*Coordenador Nacional do Censo Demográfico Brasileiro de 2022
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