Alimentado por notícias falsas, o movimento anti-imunização cresce. Como a escola pode contribuir para combater a desinformação?
Uma insurreição popular transformou a cidade do Rio de Janeiro num campo de batalha, com um rastro de mortos e feridos, entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. O motivo da rebelião foi a determinação do presidente Rodrigues Alves (1848-1919) de tornar a vacinação contra a varíola obrigatória, medida que foi revogada temporariamente após o levante. Mais de 100 anos depois, não resta dúvida de que a Revolta da Vacina foi consequência da falta de informação da população. Em pleno século 21, ninguém é capaz de discordar de que muitas doenças estão sob controle, graças aos avanços da medicina no desenvolvimento de vacinas, certo?
Infelizmente, não. Presenciamos um crescimento de movimentos antivacina em todo o mundo, inclusive no Brasil. Famílias de classes média e alta têm negligenciado a vacinação de seus filhos, mas a razão é o excesso de ‘informação’, ou melhor, de informação incorreta.