Se a tecnologia fosse usada para acentuar sinais corporais de humanos em situações de estresse, reproduzindo um comportamento típico dos outros animais, seria possível evidenciar mentiras e corrupção e evitar disputas e até guerras.

 

A interessantíssima e bem cuidada série de televisão britânica Black mirror, lançada em 2011, tem como fio condutor a relação entre os humanos e a tecnologia; ou melhor, os episódios mostram como a tecnologia atual, ou aquela de um futuro próximo, serve para traçar uma radiografia da essência humana. Por isso, não surpreende o fato de que a maioria das narrativas da série acena para um futuro sombrio, pessimista, embora perfeitamente previsível.

Como sabemos, a nossa espécie não convive bem com o meio ambiente, ou mesmo com seus semelhantes. Excetuando-se, claro, o engajamento com a arte, os humanos têm um triste registro histórico de destruição e de guerras que nem sempre tem como causa a luta pela sobrevivência, como ocorre com outras espécies do planeta. Comportamentos como crueldade e ganância são tipicamente humanos e não têm paralelo na natureza.

Franklin Rumjanek
Instituto de Bioquímica Médica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.

Seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outros conteúdos desta edição

coringa
614_256 att-32054
614_256 att-27650

Outros conteúdos nesta categoria

614_256 att-38926
614_256 att-33286
614_256 att-38239