O fator de crescimento semelhante à insulina, o IGF-1, é um hormônio importante na saúde humana que influencia o crescimento celular, o desenvolvimento e o metabolismo. Esse hormônio atua no crescimento e na manutenção da massa muscular e óssea, bem como facilita a formação e a reabsorção ósseas pelas células chamadas osteoblastos.
No caso de fraturas, o IGF-1 acelera sua cicatrização. Ele é usado no tratamento de indivíduos com problemas de crescimento e naqueles com distrofia miotônica tipo 1 (DM1), também conhecida como doença de Steiner.
A DM1 é uma doença genética, hereditária e progressiva que afeta principalmente os músculos, mas pode também agir tanto sobre órgãos (por exemplo, coração e olhos) quanto os sistemas endócrino e nervoso central. O IGF-1 também atua no desenvolvimento da raiz dos dentes, estimulando a proliferação e a diferenciação de células-tronco isoladas na dentina (camada logo abaixo do esmalte dentário) – por sua vez, células-tronco são aquelas que, em princípio, podem dar origem a qualquer tecido do organismo.
Atualmente, pacientes que usam o IGF-1 para tratar a distrofia muscular ou aqueles que necessitam de reposição de hormônios proteicos (caso da insulina para diabéticos) injetam o medicamento no tecido subcutâneo, para que a substância seja absorvida e alcance a corrente sanguínea. Nesses casos, a injeção subcutânea é necessária, porque as proteínas ingeridas por meio de alimentos são degradadas no trato gastrointestinal (TGI) por enzimas chamadas proteases – portanto, não chegam intactas ao sistema circulatório.
Para pacientes crônicos, as injeções diárias podem ser bem desconfortáveis – e até dolorosas. Além disso, só a quantidade de hormônio necessária deve ser injetada, porque a dose errada, para mais ou para menos, pode causar efeitos indesejados.
Há, ainda, outras dificuldades práticas: o armazenamento do medicamento na temperatura adequada e a necessidade de revezamento entre os locais de aplicação (por exemplo, parte superior externa das coxas, área inferior do abdômen, nádegas ou região traseira dos braços).
Para evitar esses e outros desconfortos, cientistas estão estudando maneiras de fornecer hormônios proteicos para a corrente sanguínea por outras vias, além da injeção subcutânea. Uma dessas alternativas é fazer com que o hormônio de interesse esteja presente em hortaliças, como a alface, por meio de um processo chamado de bioencapsulação.
Erik Santos Figueiredo
serio isso
meu deus só isso
como é a tal bioencapsulação?
como seria?
deixou isso muito vago o autor