A gramática da violência entre Israel e Palestina

Programa de Pós-graduação em História Social
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Os ataques terroristas do grupo Hamas, em 7 de outubro de 2023, deflagaram resposta militar de Israel contra a Faixa de Gaza considerada desproporcional por setores da comunidade internacional. Cortes penais de Justiça caracterizaram as ações das forças de defesa israelenses como genocídio. Até este momento – em que ocorre cessar-fogo e troca de reféns entre as partes –, ainda restam questões sem resposta tanto sobre o conflito quanto sobre o futuro das negociações entre palestinos e israelenses.

CRÉDITO: FOTO REUTERS/MAHMOUD ISSA

Os ataques terroristas do grupo Hamas contra a população israelense, ocorridos na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, produziram mudanças radicais na política do Oriente Médio, trazendo consequências para várias partes do mundo.

Tanto esses ataques quanto a violenta e desproporcional resposta deflagrada pelas forças de defesa israelenses na sequência não podem ser analisados sem o entendimento de seus contextos históricos, das tensões já existentes na região e sem considerar que a resposta israelense carrega, em seus atos e narrativas, uma ‘gramática de genocídio’, cujo alvo prioritário é, sobretudo, a população palestina de Gaza.

Também é preciso perceber o que há de novo no atual conflito. A região do Oriente Médio tem grande histórico de confrontos, guerras e enfrentamentos, mas, ainda assim, o que está hoje em curso em Gaza pode ser considerado um dos mais violentos deles.

Até o momento em que este artigo está sendo escrito, foram computados aproximadamente 42 mil palestinos mortos, sendo que a imensa maioria é constituída de civis. Além disso, não se pode esquecer o envolvimento de personagens inéditos nessa guerra, com desdobramentos imprevisíveis no Líbano, na Cisjordânia, na Síria, no Iêmen, no Irã e no Iraque.

Os ataques também se expandiram a locais há décadas fora da geografia dos conflitos, como o caso do mar Vermelho e a cidade de Eilat, em Israel.

Militares palestinos carregam o corpo de um refém devolvido pelo Hamas como parte do acordo de cessar-fogo entre as duas partes.

CRÉDITO: REUTERS / HATEM KHALE

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