Sistemas alimentares seguros e sustentáveis:
o que são e como estamos?

Secretaria de Educação
Prefeitura Municipal de Piracanjuba (GO)
Departamento de Agronomia
Instituto Federal Goiano (câmpus Urutaí)

Em cada refeição, seu prato de comida é bem mais do que aquilo que está nele. Ele é reflexo de uma cadeia complexa de atividades que vão do produtor ao consumidor final. Hoje, muitas dessas etapas são problemáticas, causando desequilíbrios ambientais, destruição da biodiversidade, emissão de gases do efeito estufa – e até insegurança alimentar e nutricional. A boa notícia é que a ciência, de forma interdisciplinar, tem buscado soluções viáveis para esses problemas, para garantir uma alimentação adequada e saudável para todos.

CRÉDITO: IMAGENS ADOBE STOCK

Diante da pergunta feita no título, de antemão, é importante esclarecer o que são os sistemas alimentares. Eles são compostos por processos, atores e interações envolvidas nas etapas de produção, processamento, distribuição e consumo de alimentos, desde o fornecimento de insumos e modelo de manejo agrícola até a embalagem, comercialização e consumo. Em outras palavras, tudo que for relacionado à alimentação até que ela chegue às nossas mesas.

Já os sistemas alimentares seguros e sustentáveis são aqueles que oferecem segurança alimentar e nutricional, bem como promovem a alimentação adequada e saudável, garantindo a boa nutrição para toda a sociedade, de modo que as bases econômicas, sociais e ambientais que garantam a segurança alimentar e nutricional das gerações futuras não sejam comprometidas.

No mundo atual, os sistemas alimentares predominantes têm vários problemas. Os desequilíbrios ambientais, a destruição da biodiversidade e dos ecossistemas naturais, a emissão de gases de efeito estufa e as mudanças climáticas ameaçam a sustentabilidade do próprio sistema – e, como consequência, a manutenção da vida humana e de outras espécies.

A produção de alimentos baseia-se na monocultura, ou seja, no plantio de uma única cultura em propriedades rurais de grande extensão, prática pautada no uso de insumos modernos que estão comprometendo a qualidade da alimentação, por meio do amplo emprego de agrotóxicos e fertilizantes químicos.

Na industrialização dos alimentos, estão presentes processos e ingredientes que impactam negativamente a composição nutricional desses produtos, bem como aspectos culturais, sociais e ambientais dessas comidas.

A comercialização, por exemplo, é caracterizada pelo aumento das distâncias entre produção e consumo e pela descaracterização da alimentação baseada em hábitos alimentares regionais, na sociobiodiversidade e nos produtos locais.

Há também as perdas e os desperdícios de alimentos, que ocorrem em todas as etapas da produção. Eles acarretam redução da disponibilidade de alimentos para a população, perda de renda para produtores rurais, aumento de preços para consumidores e desperdício de recursos e energia. Além disso, todas essas etapas contribuem para a emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aumento da temperatura medida planetária.

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