Apaixonada pela matemática desde pequena, Carla Negri Lintzmayer, vencedora do prêmio ‘Para Mulheres na Ciência 2023’, escolheu a ciência da computação para investigar questões estruturais de casos reais ou teóricos e resolver problemas de forma eficiente.
CRÉDITO: FOTO CEDIDA PELA AUTORA
Desde pequena, a matemática foi a minha disciplina favorita. De uma forma ou de outra, ela esteve presente ao longo de toda a minha formação e atuação profissional. Posso dizer que brincar com números, fazer cálculos e solucionar problemas foi o que me motivou a seguir a carreira de ciência da computação e o que ainda me move no ambiente acadêmico.
Nasci em Maringá, no Paraná, e ali fiquei durante todo o ensino fundamental e médio, sempre tendo a matemática como matéria predileta. Embora tenha cogitado seguir essa área como carreira, não conhecia ainda a pesquisa acadêmica e achei que a ciência da computação seria uma profissão mais promissora. Foi, portanto, a que escolhi. Ainda na minha cidade natal, concluí minha graduação na Universidade Estadual de Maringá.
No primeiro ano do curso, para minha alegria, havia muito mais disciplinas de matemática do que de computação. Já, no terceiro ano, tive análise de algoritmos, uma área que realmente une esses dois mundos, da matemática e da computação. Foi quando me apaixonei completamente pelo tema e decidi que queria fazer pesquisa nessa área. Essa segue sendo a minha disciplina favorita e a que eu mais ministro como docente.
Minha formação universitária foi toda em ciência da computação, com ênfase na parte mais teórica, que tem uma grande interseção com a matemática. Em 2012, mudei-me para Campinas, São Paulo, onde fiz doutorado e pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas. Seis anos depois, mudei-me para Santo André, também em São Paulo, onde sou professora na Universidade Federal do ABC, desde 2018.
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