Na busca de fósseis, do Museu Nacional à Antártica

Estagiária de jornalismo, Instituto Ciência Hoje*

Em expedições pelo mundo, paleontóloga Juliana Sayão estuda como vertebrados extintos há milhões de anos viveram e afetaram a evolução dos animais modernos

CRÉDITO: FOTO: ACERVO PESSOAL

Seja na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio de Janeiro, sob calor cada vez mais intenso, ou em um acampamento na Antártica, onde a temperatura é usualmente negativa, Juliana Sayão está sempre em busca de peças que ajudem a montar o quebra-cabeça da evolução dos vertebrados. Para isso, a paleontóloga do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) viaja o mundo coletando e analisando fósseis, em expedições que incluem lugares como a China, a Patagônia e a Amazônia. No trabalho de campo ou no laboratório, o objetivo é entender as características dos animais do passado e como espécies que datam de milhões de anos se relacionam com as do presente.

A pesquisa no continente antártico é um marco na carreira da pesquisadora. Há 20 anos, Juliana participa do Paleoantar, projeto apoiado pelo CNPq por meio do Programa Antártico Brasileiro. “Poucos pesquisadores têm oportunidade de trabalhar ali e, ao longo dos anos, pude coletar fósseis e entender como se deu a evolução da vida nesse continente gelado, quando nem era gelado ainda, há 80 milhões de anos”, conta ela, coordenadora adjunta do Paleontar e com quatro viagens feitas à Antártica. 

O projeto é o único do Brasil a realizar pesquisas paleontológicas com constância na região. As viagens podem durar até três meses, com cerca de 50 dias em solo antártico, além do tempo de deslocamento. Lá, os pesquisadores coletam e catalogam fósseis que, depois, são trazidos ao Brasil para serem estudados. Dentre as descobertas do grupo, está o primeiro fóssil de pterossauro encontrado na Antártica. Ela explica que esses animais, os primeiros a voarem antes das aves, eram cosmopolitas, ou seja, habitavam todos os continentes, mas ainda não havia confirmação se teriam chegado tão ao sul do planeta.

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