Primeiro registro de âmbar com fósseis na América do Sul

Museu Nacional/ UFRJ
Academia Brasileira de Ciências
INCT Paleovert

Estudo de resina fóssil encontrada no Equador com insetos e restos de uma teia de aranha permitiu estabelecer a presença de florestas tropicais há 112 milhões de anos nessa região e abre uma nova janela para a pesquisa dos ecossistemas do passado

Âmbar encontrado em rochas de aproximadamente 112 milhões de anos no Equador 

CRÉDITO: XAVIER DELCLOS MARTINEZ E COLEGAS

Âmbar! Acho que a maioria das pessoas que assistiu aos filmes da série Jurassic Park sabe do que estou falando: resina fóssil, que, às vezes, pode preservar restos de organismos que viveram há milhares ou mesmo milhões de anos. O que chama atenção nesse tipo de preservação é o fato de os organismos apresentarem detalhes anatômicos como se tivessem sido ‘congelados’ no tempo. 

Depósitos de âmbar são muito raros. Os mais volumosos estão situados nos países que fazem parte do mar Báltico, como Estônia, Lituânia, Polônia e Rússia. Também Myanmar tem ganhado destaque pelas grandes quantidades de resina fóssil descobertas nos últimos anos. Já nas Américas, os registros de âmbar são poucos. De longe, os principais depósitos de resina fóssil são encontrados na República Dominicana e contêm organismos que viveram entre 15 e 20 milhões de anos atrás, uma época que chamamos de Mioceno.

Quando falamos da parte sul-americana do continente, a ocorrência de resina fóssil é ainda mais escassa, com um achado aqui e outro acolá. Porém, isso acaba de mudar com uma descoberta surpreendente no Equador. Xavier Delclòs, da Universidade de Barcelona (Espanha), e colegas reportaram um rico depósito de âmbar na região conhecida como Amazônia Equatoriana. Esse material contém fósseis de 112 milhões de anos (período Cretáceo), os primeiros da América do Sul com esse tipo de preservação. Devido à importância do achado, o estudo foi publicado pela Communications Earth & Environment, do grupo Nature.

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.

Outros conteúdos desta edição

725_480 att-96571
725_480 att-96790
725_480 att-96544
725_480 att-96813
725_480 att-96531
725_480 att-96699
725_480 att-96650
725_480 att-96767
725_480 att-96766
725_480 att-96748
725_480 att-96754
725_480 att-96780
725_480 att-96774
725_480 att-96639
725_480 att-96799

Outros conteúdos nesta categoria

725_480 att-96303
725_480 att-95639
725_480 att-95345
725_480 att-94863
725_480 att-94245
725_480 att-93953
725_480 att-93395
725_480 att-92833
725_480 att-92678
725_480 att-92041
725_480 att-91148
725_480 att-90756
725_480 att-90288
725_480 att-89282
725_480 att-88738