Imagens de microtomografia computadorizada de fósseis de 225 milhões de anos encontrados no Rio Grande do Sul revelam que o tipo de articulação entre crânio e mandíbula considerado exclusivo das espécies desse grupo se desenvolveu antes do que se pensava
Reconstrução em vida de Brasilodon quadrangularis (à esquerda) e Riograndia guaibensis (à direita), encontrados em rochas formadas há 225 milhões de anos na região sul do Brasil
CRÉDITO: JORGE BLANCO
A paleontologia nacional acaba de trazer mais novidades que impactam a pesquisa sobre a evolução dos mamíferos. Um estudo publicado na prestigiosa revista Nature produziu resultados que contradizem o entendimento vigente até então de como se deu a evolução da articulação entre o crânio e a mandíbula nos mamíferos.
Cientistas brasileiros, argentinos e ingleses realizaram análises detalhadas usando microtomografia computadorizada de alta resolução do crânio de Riograndia guaibensis e Brasilodon quadrangularis, dois cinodontes com diferentes relações de parentesco com os primeiros mamíferos. O estudo revelou que o tipo de articulação entre crânio e mandíbula considerado exclusivo dos mamíferos se desenvolveu, de forma paralela, em outras espécies que não fazem parte desse grupo.
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