Ao longo dos séculos, o ser humano criou várias formas de transmitir mensagens, experiências e sabedoria, desde a interpretação das vísceras de animais até a escrita em livros impressos.
Os suportes para a prática da leitura são tão antigos quanto a história do ser humano. A necessidade de interpretar o mundo e de se comunicar fez com que os seres humanos inventassem várias maneiras de transmitir suas ideias, seus pensamentos, seus desejos e todos os seus feitos, nas mais diferentes épocas.
Em um dos diálogos de Platão, Sócrates narra a Fedro a história que ouviu sobre a origem da arte da escrita. Seria esta uma invenção do deus Thoth, que, em conversa com o deus Amon, defendia ser sua descoberta a coisa mais importante para os egípcios, pois se tratava de uma poção para a memória e a sabedoria.
No entanto, Amon refuta essa afirmação, atribuindo a Thoth a responsabilidade por criar uma arte que iria contribuir para a propagação do esquecimento e não da sabedoria. Os humanos deixariam de praticar a memória, pois tudo passaria a ser escrito e eles teriam apenas a ilusão da sabedoria. O argumento foi defendido também por Sócrates.
Mas, à medida que o tempo passava e o ser humano se via cada vez mais incapaz de memorizar tudo que existia a sua volta, ele se pôs a inventar a escrita e seus suportes. Assim surgiram as tabuletas dos sumérios,a escrita em cascos e as peles de animais, os papiros, as placas de cera e de metal, as cordinhas coloridas dos Incas e até as entranhas dos animais oferecidos em sacrifícios.