O meu ‘pé de chocolate’

Curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil
Faculdade de Letras
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escritora de livros para crianças

Um cacaueiro plantado no quintal da minha infância trazia a promessa de experimentar, pela primeira vez, um pouco da doçura da Páscoa

As notícias sobre o aumento dos preços dos ovos de Páscoa me lembraram que, no quintal da minha infância, havia um pé de cacau muito festejado pela minha mãe. Ela fazia questão de dizer que a Bahia era a terra do cacau, e que, com o fruto, era feito chocolate. Minha mãe, que nunca frequentou escola, só casa de madame, como doméstica, era uma sábia. Meus olhos infantis a viam como a pessoa mais inteligente do mundo, por isso eu tinha certeza de que no meu quintal nasceriam muitos chocolates, e eu finalmente poderia provar aquela iguaria reservada aos que tinham dinheiro para comprar. Não era o meu caso.

Morávamos em Mesquita, na Baixada Fluminense, numa casa feia e acanhada no fundo do quintal, uma meia-água, que também é sinônimo de casa de pobre, mas com um pé de cacau no meio do quintal.

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