O leite materno induzido por medicamentos tem as mesmas propriedades que o leite materno produzido durante a gravidez?

Toda a produção de leite humano é regulada por hormônios que aumentam sua atuação no pós-parto. Os lactentes também são responsáveis pela regulação do volume de leite produzido pela mãe, por meio da frequência das mamadas. Quanto mais o bebê sugar, maior o estímulo para a produção de leite.

Logo após o nascimento do bebê, um pequeno volume de leite é produzido pela mãe. Nos primeiros sete dias após o parto, a mulher produz o colostro. A partir do 7º dia, a mulher começa a produzir o leite de transição, e o volume começa a aumentar. Somente após o 14º dia a produção de leite maduro atende integralmente às necessidades do bebê.

 

Danielle Aparecida da Silva

Coordenadora do Banco de Leite Humano,
Instituto Fernandes Figueira,
Fundação Oswaldo Cruz

É verdade que o aquecimento global poderia nos levar a iniciar um novo período glacial de modo abrupto, como mostrado no filme O dia depois de amanhã?

Não, isso não é verdade. O filme se baseou em um período conhecido como YoungerDryas, que ocorreu entre 11 mil e 10 mil anos atrás.

Após o último máximo glacial, que ocorreu há 18 mil anos, o gelo estava retrocedendo e, na América do Norte, formou-se um grande lago com águas de degelo, denominado lago Agassiz.

 

Claudine Dereczynski

Instituto de Geociências,
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Diante do avanço da terapia gênica, houve alguma melhoria no tratamento de doenças crônicas?

A terapia gênica é realizada aplicando nos pacientes genes com potencialidade terapêutica. Esses genes são levados por um veículo denominado vetor, que pode ser um vírus modificado geneticamente ou uma nanopartícula, que tem finalidade de transportar genes eficientemente até as células-alvo com menos efeitos colaterais.

Desde o primeiro teste de terapia gênica nos pacientes, em 1990, até hoje milhares de pacientes foram tratados por esse tipo de terapia experimentalmente. As doenças mais pesquisadas têm sido as crônicas, como cânceres, doenças cardiovasculares e doenças monogênicas (causadas por mutações em um único gene), para as quais a medicina moderna ainda enfrenta uma enorme dificuldade de tratamento.

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