Novas tecnologias usadas para se antever acidentes podem também ser ferramentas para a solução de problemas no pós-tragédia
Novas tecnologias usadas para se antever acidentes podem também ser ferramentas para a solução de problemas no pós-tragédia
Mapeamento dos tipos de danos causados nas áreas afetadas pelas chuvas em Petrópolis.
FONTE: MDR
Em razão do aquecimento global, observamos que o planeta vem apresentando maior recorrência de diversos tipos de desastres naturais. Muitos deles têm afetado a vida de populações em diferentes escalas, e a solução de problemas a partir de dados geoinformacionais está se tornando algo precioso.
O gerenciamento de riscos e desastres tem se utilizado bastante da geoinformação para antever acidentes. Mas, e quando isso não é feito? Ou quando não foi possível ser feito? Teria a geoinformação lugar na solução de problemas ligados aos desastres naturais? E se utilizássemos as novas tecnologias desenvolvidas para auxiliar esse problema? Vamos refletir com base em um exemplo recente.
Em 2022, as fortes chuvas em Petrópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, deixaram duras marcas na história da cidade. Foram registradas 241 pessoas mortas e mais de 600 desabrigadas em decorrência de enchentes e deslizamentos de terra. A lama e a força das águas destruíram casas e afetaram toda infraestrutura de estradas e antenas de transmissão. A tragédia foi agravada pelo fato de que o grande volume de chuvas se concentrou em uma área específica da cidade, e muitas pessoas ficaram soterradas.
Na busca por solução, uma cooperação foi feita entre o Governo Federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), a Defesa Civil Nacional e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para a utilização de imagens de satélite como forma de se obter informações de apoio ao trabalho de resgate de vítimas.
Considerando-se que a comunicação e o acesso por terra estavam limitados, as imagens foram utilizadas para orientar as ações do poder público local e dos bombeiros. A partir delas, foi possível saber onde atuar com prioridade, bem como identificar as áreas e os acessos afetados, permitindo melhor avaliação dos danos e do tamanho do desastre.
Para essas ações, foi produzido um mapa referenciado nas imagens de satélites que indicou as áreas onde houve deslizamentos de terra, inundações, enxurradas e fluxo de detritos. Desta forma, o poder público pôde propor diferentes soluções e mitigações de danos.
Foram elaboradas ainda imagens comparativas de antes e depois do desastre, o que permitiu verificar a dimensão do impacto. Essa comparação foi importante por possibilitar não apenas a localização, mas a contagem de moradias afetadas, auxiliando nas buscas por pessoas desaparecidas.
Destaca-se que tudo isso só foi possível pelo uso de imagens de sensores orbitais de alta resolução espacial que foram cedidas. Alguns satélites ajudaram também no monitoramento de Petrópolis, o que foi feito em parceria com a empresa geoespacial SCCON, por meio da solicitação do posicionamento de um satélite exclusivamente sobre a região, permitindo o rastreio da lama.
Imagens do antes e depois das áreas afetadas pelas chuvas na cidade de Petrópolis.
FONTE: GOOGLE EARTH
Comemoremos, portanto, o fato de atualmente termos verdadeiras constelações de satélites artificiais que podem fazer registros quase que contínuos da superfície terrestre. Essa estrutura tem transformado a forma com que lidamos com fenômenos cuja dinâmica e intensidade podem ser bastante variadas.
Em resumo, percebemos como a tecnologia potencializou o uso da geoinformação na questão do tempo e do espaço. No exemplo em questão, foi fundamental no auxílio para se obter, de forma rápida, o conhecimento de onde se encontravam os problemas mais graves em termos de vida humana.
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