‘Viagem botânica’ pelo ar

Centro Universitário Celso Lisboa e Museu Nacional
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Laboratório de Palinologia, Museu Nacional
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Extinção provocada por mudanças climáticas e por alterações no uso do solo pode impactar a relação entre espécies, afetando os chamados serviços ecossistêmicos, como controle de pragas e de vetores de doenças

Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a extinção de espécies causada pelas mudanças climáticas e por alterações no uso do solo pode impactar a diversidade de interações entre espécies, o que afetaria serviços ecossistêmicos derivados, como o controle de pragas agrícolas e de vetores de doenças.

A perda de biodiversidade não se resume apenas à extinção de espécies, mas também inclui a perda de outras dimensões, como a diversidade funcional, evolutiva e de interações, assim como a perda dos serviços ecossistêmicos ou da funcionalidade do ecossistema. Os serviços ecossistêmicos são benefícios que os seres humanos obtêm dos ecossistemas naturais, como alimentos, água limpa, ar puro, polinização, regulação do clima, controle de enchentes, recreação e muitos mais. 

Esses serviços são essenciais para a sobrevivência humana e o bem-estar, mas muitas vezes são dados como garantidos, sem serem valorizados adequadamente. No entanto, cada uma dessas formas de quantificar a biodiversidade (taxonômica, funcional, evolutiva e de interação) pode responder de forma diferente à perda de espécies. 

Inicialmente, os cientistas consideravam que os serviços ecossistêmicos estavam diretamente relacionados com a riqueza de espécies. Assim, pensava-se que quanto mais espécies havia em uma comunidade, maior a proporção de serviços ecossistêmicos prestados. No entanto, com o passar dos anos, foi demonstrado que essa relação não é linear, mas sim tende à saturação, uma vez que espécies podem ser redundantes em seu papel no ecossistema. 

A partir disso, os pesquisadores propuseram que a diversidade funcional pudesse estar mais relacionada aos serviços ecossistêmicos, uma vez que ela representa os papéis funcionais das espécies presentes na comunidade, levando em conta suas similaridades e diferenças. Assim, desde então, a diversidade funcional é utilizada como variável para representar o potencial de serviço ecossistêmico de um ecossistema.

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.

Comentário (1)

  1. Claudia de Lima Barros

    Linda publicação.

Seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outros conteúdos desta edição

614_256 att-85187
725_480 att-85165
614_256 att-85256
725_480 att-85016
725_480 att-85050
725_480 att-84980
614_256 att-85204
725_480 att-84987
725_480 att-85119
725_480 att-84919
725_480 att-84907
725_480 att-85058
725_480 att-85037
725_480 att-84894
614_256 att-85227

Outros conteúdos nesta categoria

725_480 att-90600
725_480 att-90233
725_480 att-89174
725_480 att-88498
725_480 att-88220
725_480 att-87755
725_480 att-87350
725_480 att-86492
725_480 att-86001
725_480 att-85578
725_480 att-84761
725_480 att-84276
725_480 att-83829
725_480 att-83596
725_480 att-82941