O skate no Brasil surgiu nas décadas de 1970 e 1980 como um fenômeno cultural e esportivo, especialmente em grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Embora tenha raízes firmemente ligadas ao esporte e ao lazer, o skate rapidamente ultrapassou esses limites, transformando-se em uma prática multifacetada que se relaciona com questões sociais, políticas e culturais. 

Inserido nas paisagens urbanas e entrelaçado com outras subculturas juvenis, como o punk, o heavy metal e o hip hop, o skate no Brasil consolidou-se como uma expressão de resistência e subversão do espaço público.

A trajetória do skate brasileiro acompanha de perto as transformações e os desafios enfrentados pelas cidades. Nos anos 1970, era considerado uma ‘extensão do surfe’, praticado nas ruas e calçadas como uma forma alternativa de lazer. Contudo, à medida que o esporte ganhou adeptos, especialmente entre os jovens das periferias urbanas, seu caráter começou a se alterar.

As ruas, as praças e os espaços públicos passaram a ser apropriados de forma criativa pelos skatistas, que utilizavam corrimãos, escadas e rampas improvisadas como parte essencial de sua prática.

Um dos aspectos mais notáveis do skate no país é sua ocupação do espaço urbano, especialmente no street skate, onde obstáculos urbanos se tornam parte do cenário esportivo. Locais como a Praça XV, no Rio de Janeiro, e a Praça Roosevelt, em São Paulo, tornaram-se símbolos dessa apropriação criativa.