Variedade de paisagens e características das ilhas oceânicas brasileiras têm levado a diferentes formas de vida, mesmo em organismos grandes e altamente móveis.
Olhe pela sua janela em busca de alguma forma de vida – seja ela um passarinho, uma planta, um inseto. Caso não encontre, busque o espelho mais próximo e veja seu próprio reflexo. Fazendo isso, o/a leitor/a vai observar o produto de dezenas de milhares – ou mesmo centenas de milhões – de anos de evolução da vida. No entanto, alterações nas formas de vida não se dão apenas em escalas geológicas de tempo; ocorrem diariamente a partir de um variado conjunto de pressões do ambiente sobre cada indivíduo.
Os organismos que o/a leitor/a acaba de observar estão sob permanente pressão de seleção do ambiente, e os rumos das suas respectivas espécies dependem, em grande parte, das vitórias (ou derrotas) individuais diárias. Nas últimas décadas, o crescente campo da microevolução tem demonstrado que a vida evolui diariamente, revelando nosso insignificante conhecimento acerca da real variedade de formas existentes no planeta. Se retirarmos a vida das caixinhas da classificação taxonômica tradicional e falarmos em formas com diferenças mais sutis, o nosso conhecimento sobre a vida beira a insignificância.