O livro Infância, de Graciliano Ramos, publicado em 1945 e considerado por muitos como um texto autobiográfico, será analisado, nesta coluna, como importante documento para nos ajudar a refletir sobre a infância que deu seus primeiros passos na aridez do solo nordestino.
Por se tratar de um livro que retrata a infância de um narrador adulto, criação de um autor que se insere no contexto do pós-modernismo de 1930, mais especificamente no de um Realismo revisitado, cabem, aqui, algumas considerações sobre a situação da infância no Brasil no período que vai de 1871 a 1903.A definição desse recorte temporal é sugerida pela própria narrativa, que evoca o relacionamento do narrador com crianças negras no finalzinho do século 19, momento em que elas oficialmente, por conta da Lei do Ventre Livre (1871),deixaram de ser escravas.
Os filhos de escravos que, assim como seus pais, até então eram propriedade de alguém, passaram a ser encarados como crianças libertas, nascidas livres, e que, portanto, deveriam ser criadas e tratadas pelos donos de seus pais até a idade de sete ou oito anos – período em que os senhores poderiam optar por entregá-las ao Estado e receber por isso uma indenização, ou simplesmente se utilizarem dos seus serviços até a idade de 21 anos completos – o que, é óbvio, acontecia.
Georgina Martins
Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras)
Curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil, Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escritora de livros para crianças e jovens
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