Enquanto ainda não encontramos sinais claros de vida nos confins do cosmos, podemos afirmar que a Terra é o único lugar do universo onde há vida. E, pelo menos, na forma como a conhecemos, seres vivos dependem basicamente de duas coisas para existirem: matéria e energia.
Do ponto de vista químico, por definição, matéria é tudo aquilo que ocupa um lugar no espaço, ou seja, que tem volume e massa. Átomos, moléculas, células, pessoas, planetas, estrelas e galáxias, todos são constituídos por matéria. O universo está recheado de matéria por todas as partes; portanto, há potencial para construir vida em todas as partes.
O outro ingrediente necessário, a energia, estritamente falando, pode ser definida como a capacidade de realizar trabalho, ou seja, de exercer uma força que causa o deslocamento de um objeto.
É uma definição um tanto quanto abstrata e, talvez, algo difícil de entender, mas podemos pensar nela como sendo aquilo que faz com que as coisas se movam – o que faz sentido se pensarmos que todos os seres vivos se movimentam, até aqueles que aparentam não se mover.
Mesmo a menor unidade de vida, a célula, se move. Dentro dela, as reações bioquímicas são um verdadeiro caldeirão de moléculas em movimento, tudo abastecido pela energia química obtida por meio do alimento que a célula ingeriu.
A natureza – por motivo que não vamos comentar aqui – não permite que energia seja criada ou destruída: ela é sempre conservada, é constante; o que é possível, na verdade, é transformar um tipo em outro (ver ‘Lei da conservação de energia’).