Como o Inventor da lâmpada incandescente e seu sócio criaram uma tradição das festas de fim de ano, o pisca-pisca que enfeita árvores e casas
Como o Inventor da lâmpada incandescente e seu sócio criaram uma tradição das festas de fim de ano, o pisca-pisca que enfeita árvores e casas
CRÉDITO: ADOBE STOCK
Dezembro é o mês de uma das festas mais esperadas do calendário cristão, o Natal. Nessa data, é celebrado o nascimento de Jesus Cristo de Nazaré, que, dentro da liturgia cristã, é o filho de Deus encarnado. No dia 25 de dezembro, famílias se reúnem para celebrar o nascimento dele com uma deliciosa ceia e a muito esperada (especialmente pelos mais jovens) troca de presentes. As decorações natalinas não podem faltar: presépios, guirlandas e a árvore de Natal, um dos símbolos mais associados a essa festa.
O pinheiro é a árvore que mais comumente representa o Natal, por simbolizar vida e fertilidade, já que, mesmo no frio extremo do inverno do Hemisfério Norte, não perde o verde das folhagens. Aliás, na botânica, plantas que preservam a folhagem durante todo o ano são chamadas de perenifólias. Mas, na temporada natalina, o verde não basta: a árvore é decorada com bolas de vidro colorido, que foram criadas em meados do século 19 em substituição a frutas e nozes, antes usadas como adereços. Também não podem faltar as luzes coloridas do pisca-pisca, responsáveis pelo brilho nos olhos de crianças e adultos. O pisca-pisca é formado por uma série de lâmpadas coloridas presas a um fio que deve ser conectado a uma tomada elétrica. Esse enfeite tomou o lugar das velas natalinas. Por mais absurdo que possa parecer, era costume iluminar as árvores de Natal com velas acesas penduradas por fios ou presas diretamente nos galhos das árvores. Um costume para lá de perigoso! Os casos de incêndio eram tão comuns que, no início do século 20, seguradoras americanas decidiram não pagar prêmios no caso de acidentes causados por velas em árvores de Natal.
Por mais absurdo que possa parecer, era costume iluminar as árvores de Natal com velas acesas penduradas por fios ou presas diretamente nos galhos das árvores
O pisca-pisca de Natal foi, indiretamente, ideia de ninguém menos do que Thomas Edison (1847-1931), o cientista estadunidense que inventou a lâmpada. Um dos inventores mais prolíficos da história, Edison ganhou notoriedade pela invenção do fonógrafo (uma espécie de toca-discos), mas suas maiores contribuições para a sociedade foram a invenção da lâmpada incandescente e avanços nas tecnologias de geração e distribuição de energia elétrica.
Tecnicamente, Edison não foi o primeiro a inventar a lâmpada incandescente, ou qualquer outro tipo de dispositivo alimentado por eletricidade que emitia luz. Mas a lâmpada de Edison foi um enorme avanço tecnológico em relação a seus predecessores, e permitiu que a iluminação elétrica fosse produzida e distribuída em larga escala, chegando a praticamente todas as residências da América do Norte e Europa em poucas décadas.
O cientista inglês Humphry Davy (1778-1929) demonstrou em 1802 que era possível usar uma corrente elétrica para tornar um material incandescente, mas suas lâmpadas tinham uma vida útil de poucas horas e, nesse formato, não tinham valor comercial. As partes essenciais de uma lâmpada incandescente são o filamento, que normalmente é feito de um metal bom condutor de eletricidade (as atuais têm filamentos de tungstênio), um bulbo de vidro e uma base, que faz a conexão com a corrente elétrica. Ao ligarmos a luz, a lâmpada brilha porque os elétrons que estão no filamento absorvem energia da corrente elétrica e entram em um estado de excitação. Quando retornam ao seu estado normal, os elétrons se desfazem dessa energia extra liberando fótons de luz e calor, se tornando incandescentes. Dentro do bulbo, onde fica o filamento, temos um gás inerte (como o argônio) ou vácuo. Isso é essencial porque os átomos do ar causam a oxidação do filamento e absorvem calor, ficando tão quentes que chegam a quebrar o vidro do bulbo.
O pulo do gato de Edison foi criar uma lâmpada com um filamento feito de um material que pudesse aguentar a passagem da corrente elétrica por muitas horas antes de se extinguir. Ele usou fibras de carbono feitas de bambu, que tinham uma vida útil de até 1.200 horas. A segunda melhoria foi nas bombas para gerar vácuo dentro do bulbo, eram pouco eficientes na época.
Edison patenteou sua lâmpada em 1879 e, na época do Natal de 1880, em uma jogada de marketing, ele iluminou o caminho desde a estação de trem de Nova Iorque até o prédio do seu laboratório, no famoso Parque Menlo, com 290 lâmpadas incandescentes ligadas a um fio. O inventor não tinha o espírito natalino em mente, mas, sim, o espírito capitalista. Ele havia convidado uma delegação de políticos da cidade de Nova Iorque para um jantar de fim de ano. A ideia era impressionar os membros da delegação com sua nova invenção e ganhar um contrato valioso para sua empresa: a instalação de usinas de energia elétrica e lâmpadas por toda Manhattan.
Em 1882, Edward H. Johnson (1846-1917), amigo e parceiro de negócios de Edison, teve uma ideia genial para divulgar as lâmpadas elétricas: colocou um pinheiro de Natal na sala de sua mansão e o decorou com 80 lâmpadas coloridas. Para coroar a decoração, Johnson posicionou o pinheiro de Natal em cima de um dínamo, um tipo de motor elétrico, que fazia a árvore girar em seu próprio eixo. O pinheiro foi decorado com fios contendo combinações de lâmpadas de diferentes cores: vermelho, azul e branco. À medida que a árvore girava sobre o dínamo, conectores de cobre instalados estrategicamente faziam contato com os diferentes fios, fazendo as lâmpadas acenderem sequencialmente. Voilá! Estava criado o primeiro pisca-pisca de Natal!
Em 1882, Edward H. Johnson, amigo e parceiro de negócios de Edison, teve uma ideia genial para divulgar as lâmpadas elétricas: colocou um pinheiro de Natal na sala de sua mansão e o decorou com 80 lâmpadas coloridas
Seguindo a tradição empreendedora de Edison, Johnson convidou vários jornalistas para o evento, mas, para seu azar, despertou pouco interesse. Apesar disso, um artigo publicado em um pequeno jornal de Detroit chamou a atenção do público, que passou a visitar os jardins da mansão de Johnson para ver a árvore de Natal com pisca-pisca de perto. Com o passar dos anos, Johnson foi aprimorando sua demonstração, aumentando o tamanho da árvore e o número de lâmpadas.
Em 1894, o então presidente americano, Grover Cleveland (1837-1908), instalou um pisca-pisca na árvore de Natal da Casa Branca, em Washington. Naquela época os modelos mais simples, com apenas 12 lâmpadas, custavam mais de 300 dólares. Em poucos anos a produção de lâmpadas atingiu escalas industriais e os pisca-piscas de Natal se tornaram um símbolo e um item indispensável na decoração das festas de fim de ano.
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