As barreiras para a participação política das mulheres são uma evidência das limitações e das falhas dos regimes políticos democráticos. No entanto, houve um tempo – e está não muito distante – em que era um desafio mostrar o problema presente nesses regimes, nos quais o direito ao voto foi conquistado pelas mulheres, mas as decisões que as afetam seguiram nas mãos dos homens.
Hoje, é possível dizer que a exclusão feminina dos espaços políticos foi reconhecida como um déficit democrático por organizações internacionais referenciadas pela agenda de direitos humanos e da igualdade de gênero e também, em alguma medida, está presente no debate público nacional.
Esse reconhecimento afastou as pesquisas no campo da ciência política e os debates, paulatinamente, de um senso comum que toma consequências como causas: ‘as mulheres não participam porque não querem participar’, ‘as mulheres assumem mais responsabilidades na esfera privada porque esta é uma tendência natural’.
É nesse contexto, de desnaturalização da baixa participação das mulheres e de desvelamento das dinâmicas que, historicamente, as afastaram do exercício da política, que as ações afirmativas se apresentaram como alternativa e foram implementadas em vários países. Na América Latina, a primeira legislação de cotas para mulheres nas eleições entrou em vigor na Argentina, em 1991. Em 1995, foi a vez do Brasil, incidindo já no pleito municipal do ano seguinte. A lei 9.504, de 1997, instituiu as cotas vigentes de 30% nas eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, as Assembleias Estaduais e as Câmaras de Vereadores em todo o país.
Flávia Biroli
Instituto de Ciência Política
Universidade de Brasília
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.
Uma das vozes mais proeminentes na Colômbia sobre ecologia e desenvolvimento sustentável, a bióloga Brigitte Baptiste conta o que a natureza e a abertura à mudança podem ensinar à humanidade sobre a importância da diversidade e a construção de um mundo sustentável.
Doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii atinge milhões de brasileiros, com consequências graves para a saúde pública. Pesquisadores estão propondo alternativas de tratamento para acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos e assim beneficiar os pacientes.
A exploração do espaço voltou a ganhar momento, com a entrada em cena não só de novas agências espaciais, mas também de empresas que exploram comercialmente essa atividade. A tensão ideológica que marcou esse campo foi substituída pela cooperação
O mercado de sementes modificadas e dependentes de pesticidas tóxicos à saúde e ao ambiente está cada vez mais concentrado em algumas poucas megaempresas. É essencial visibilizar as formas de produção por trás do que comemos para alcançar alternativas saudáveis e justas
Há 50 anos, o lançamento do satélite Landsat-1 transformou nosso olhar sobre a superfície terrestre. Hoje, as técnicas de machine learning e deep learning promovem uma nova revolução, desta vez na “visão” dos computadores e no sensoriamento remoto do planeta
À primeira vista, periódicos científicos de acesso aberto parecem ter surgido com um propósito nobre: democratizar o conhecimento científico. Mas eles têm um lado ‘sombrio’: para publicar artigos nessas revistas, em geral, é preciso pagar altas somas em moeda estrangeira.
O uso dessa matéria-prima – comumente descartada como resultado da atividade pesqueira – para tratar queimaduras e feridas pode reduzir a poluição ambiental, promover uma rápida e menos dolorosa recuperação dos pacientes e estimular a criação de empregos
Método portátil conhecido pela sigla fNIRS vem permitindo avançar nas pesquisas de neurociência educacional, área que investiga processos cognitivos envolvidos na aprendizagem. Com a técnica, é possível avaliar sinais cerebrais de professores e alunos em atividades próximas às de seu cotidiano
O Brasil está desenvolvendo uma vacina contra o vírus da covid-19, responsável pela última pandemia que assolou o planeta. O imunizante é feito a partir de uma proteína do vírus que não sofre tantas mutações. Os resultados até agora são promissores
O que bronze, ferro, plástico e silício têm em comum? Todos esses materiais foram responsáveis por grandes transformações na civilização. Hoje, a descoberta de novos materiais vive um novo paradigma, baseado na integração da ciência de dados com diversas áreas de pesquisa
A escassez de água potável já afeta cerca de 0,5 bilhão de pessoas no planeta. E essa crise deve aumentar nas próximas décadas, por causa das mudanças climáticas, do crescimento populacional e aumento da poluição. Novos materiais porosos prometem uma solução peculiar: extrair água do ar
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |