As florestas brasileiras abrigam a maior biodiversidade do mundo. Árvores gigantescas e animais imponentes tornam esses ecossistemas inegavelmente exuberantes. Mas, nesses ambientes, segredos fascinantes podem se esconder nos detalhes, como debaixo de folhas no solo. Esse é o caso de um sapinho ‘surdo’ e ‘brilhante’, um dos menores vertebrados do mundo. A anatomia miniaturizada e certas funções fisiológicas desse diminuto anfíbio são questões ainda intrigantes para a biologia evolutiva.
CRÉDITO ABERTURA: ADOBESTOCK
As florestas do Brasil abrigam a maior biodiversidade do mundo. As maravilhas encontradas nesses ambientes encantaram colonizadores europeus em suas viagens pelo país. Animais, como araras-azuis, onças-pintadas e tucanos, bem como plantas, como pau-brasil e barrigudas, são exemplos de nossa biodiversidade estampada em livros europeus entre os séculos 15 e 17.
Mas essa diversidade nem sempre se revela em árvores majestosas que cobrem vários hectares de terra na Amazônia ou em grandes mamíferos que encantam pela imponência. Muitas vezes, ela se revela nos locais mais inusitados, por meio de pequenos animais pitorescos. Esse é o caso dos sapinhos-pingo-de-ouro (Brachycephalus), que habitam as florestas do sudeste e sul do Brasil, na Mata Atlântica.
Esses pequenos (e, sim, simpáticos) sapinhos estão entre os menores vertebrados do mundo, medindo menos que 1 cm. Têm três dedos nas mãos, em vez dos quatro comuns em outros sapos. Sua coloração laranja-avermelhada é bem chamativa (figura 1).
Figura 1. Sapinhos-pingo-de-ouro (Brachycephalus rotenbergae)
CRÉDITO: CEDIDA PELOS AUTORES
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