Em geral, filmes ajudam a incorporar certos temas na cultura popular, e obras de ficção científica, em particular, estimulam nossa imaginação a simular futuros possíveis, criando um ciclo virtuoso entre ciência, arte e cultura. The Creator, filme de ficção científica norte-americano lançado em 2023, é um exemplo disso. Produzido e dirigido por Gareth Edwards e com roteiro coescrito por Chris Weitz, o filme combina ação clássica com efeitos visuais avançados.
A trama de The Creator se desenrola em um mundo pós-apocalíptico, 15 anos após a detonação de uma bomba nuclear por uma inteligência artificial (IA) em Los Angeles, em 2070. Esse evento catastrófico desencadeou uma guerra contra a IA e simboliza a tensão entre nações pró e anti-IA. O filme nos leva a uma jornada com um ex-agente das forças especiais, recrutado para caçar e eliminar o ‘criador’, que desenvolveu uma arma misteriosa capaz de encerrar a guerra.
Ao longo de sua missão, o filme promove uma reflexão profunda sobre nós mesmos: ele confronta o espectador com a ideia de que, enquanto a crueldade humana muitas vezes é aceita, a possibilidade de uma máquina agir de forma semelhante é temida e rejeitada. Isso desafia nossa percepção de moralidade e ética na era da inteligência artificial, colocando em questão não apenas as implicações tecnológicas, mas também as ramificações sociais e éticas dos avanços em IA.
NILDSON DE AVILA SILVA
Eu acho que a IA vai viabilizar a exploração espacial, sem ela não seria possível. O trabalho humano no espaço distante é muito caro porque o ser humano é muito dependente dos benefícios gratuitos do planeta. Ele depende da água, ar, temperatura adequada, solo, cadeia ecológica, espaço de lazer, etc que o planeta dispõe de graça. Para manter humanos no espaço distante eles terão que produzir tudo isto através do trabalho humano e ainda mais coisas que o planeta oferece e que desconhecemos. Um ambiente que comporte humanos de modo estável deve ser grande, pois ele exige muito. Para montá-los (bases grandes) necessariamente devem ser feito em ambientes restritos perigosos para a vida humana. Provavelmente as pequenas bases que pensam em fazer em Marte ou na Lua serão instáveis pelo tamanho. Agora com máquinas com IA seria diferente. Podemos construí-las menos dependentes do nosso planeta, podendo funcionar em extremos de temperatura, falta de ar ou água e usando energia nuclear. Seriam programados para construir infraestrutura para presença eventual humana e prospecção de insumos para produção de outras máquinas. Acho que somente com IA para começar de verdade a corrida espacial de modo estável.