Áreas como saúde, política e marketing, em empresas e outros espaços, já fazem uso da gamificação. Essa prática transforma elementos importantes dessas áreas em metas, estratégias, premiações, promoções e competições aplicadas à rotina de trabalho. Nos espaços de aprendizagem – tanto em cenários escolares quanto não escolares –, a técnica colabora com o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e motoras dos envolvidos.
A gamificação pode, então, funcionar como um facilitador de aprendizagem da biologia para alunos do turno da noite? Essa pergunta foi o ponto de partida para nosso trabalho. Sem sombra de dúvidas, o turno da noite possui dificuldades peculiares, dado que alunos e professores enfrentam uma jornada dupla – às vezes, tripla – de trabalho, precisando driblar cansaço, sono, fadiga e, não raro, problemas sociais que os rodeiam para conseguirem permanecer focados no terceiro turno em sala de aula.
A partir dessa questão, a gamificação foi pensada como instrumento facilitador de aprendizagem para os estudantes do turno da noite, sejam eles do ensino médio regular ou do ensino de jovens e adultos (EJA) da rede estadual. Na gamificação são utilizadas mecânicas, estéticas e lógicas dos jogos para engajar pessoas, motivar a ação e resolver problemas. Além disso, a metodologia é usada para promover a aprendizagem, incluindo um assunto apresentado de forma tradicional através do uso de elementos de jogos, como premiações, desafios e pontos.
A diferença entre a gamificação e o uso de jogos em sala de aula, metodologia já consolidada na prática pedagógica, reside essencialmente “onde” essas atividades acontecem. Enquanto que a gamificação é designada para aumentar o envolvimento dos participantes – sejam funcionários, clientes ou alunos – em tarefas reais (que irão repercutir resultados na vida real, como bater metas, consumir e estudar), os jogos exigem do participante o cumprimento de desafios num cenário virtual (sem motivação direta no mundo real, a não ser a satisfação pessoal).
A bioquímica é um assunto em que os alunos relatam certa dificuldade de aprendizagem, seja pelos “nomes difíceis”, ou pelas classificações biomoleculares. Então, experimentou-se utilizar a gamificação inserida a esse tema para tentar despertar o interesse dos estudantes e afastar o estereótipo de “bicho-papão” da biologia.
Na prática, a aplicação melhorou o desempenho e a aprendizagem dos estudantes tanto no ensino regular quanto no EJA. Ambos realizaram suas atividades, demonstraram estar motivados a participar e aprenderam com a metodologia.
O trabalho foi bem sucedido, mas, diante das dificuldades que encontramos para adequar a metodologia à realidade do ensino de biologia no ensino médio, surgiu a ideia de elaborar um material que auxiliasse os professores no desenvolvimento dessa estratégia em sala de aula. Assim, com base na experiência que tivemos com alunos do ensino médio e de autores como Yuri Silva (2017) e Armando Toda (2016), criamos o manual Gamificação – como elaborar aulas gamificadas para o ensino médio.
O manual traz planos de aula e exemplos de atividades gamificadas sobre células (e organelas celulares) e bioquímica de macromoléculas. A experiência que levou à elaboração deste material pode ser encontrada na dissertação de mestrado Aplicação de Elementos de Gamificação e Jogos Lúdicos no Ensino de Biologia, do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Biologia (PROFBIO/CAPES/UFPA).
Entendemos que tanto a gamificação quanto outras metodologias ativas não são capazes de atrair a atenção do estudante de forma absoluta. Cada indivíduo tem sua particularidade e forma de aprender determinado conteúdo. Estamos vivendo uma fase de transição na educação e, por isso, devemos respeitar o tempo necessário para estudantes e professores se adaptarem a diferentes estratégias pedagógicas, transitando entre o novo e o tradicional.
Importante lembrar que, para consolidar o processo de ensino, é de extrema importância que os professores enriqueçam suas aulas com práticas e métodos facilitadores de aprendizado, que faça uso do trabalho em equipe, o qual deve ser um momento de compartilhamento de conhecimentos pelos alunos. E aproveitar algo que esteja inserido no cotidiano deles, como jogos e tecnologia, pode ser um bom caminho.
Os conceitos de educação e cidadania estão intimamente relacionados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Portanto, entender o contexto em que o país está inserido ajuda os professores a traçarem os caminhos que o ensino de biologia deve percorrer. Nesse cenário, a gamificação se insere como uma entre as muitas alternativas possíveis.
Jacqueline Noriko Kikuchi de Freitas, Danielle Costa Carrara Couto e Luciana Pereira Xavier
Mestrado Profissional em Ensino de Biologia (Profbio),
Universidade Federal do Pará
O debate sobre a antiguidade dos vírus é bastante complexo, já que não há evidências físicas diretas no registro geológico. Pesquisadores se valem de técnicas moleculares e observações indiretas em fósseis para estimar a idade de surgimento de alguns vírus, uma linha de pesquisa com grande potencial.
Maio de 2020. A Fiocruz completa 120 anos e tem a cadeira da presidência ocupada por uma mulher, a socióloga Nísia Trindade Lima, que lida com a pandemia de covid-19 como uma emergência sanitária e humanitária multidimensional, cujo enfrentamento requer conhecimento de todas as áreas da ciência.
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Olá
Como faço para adquirir o livro?