Um aluno, uma bússola, um mapa e muita corrida. Pode parecer inusitado, mas uma modalidade esportiva chamada esporte orientação pode ser uma estratégia pedagógica para o ensino básico – e não estamos falando apenas das aulas de educação física. Essa modalidade vai além de uma prática corporal, pois permite a contextualização de conceitos de diferentes componentes curriculares. Em geografia, podem-se trabalhar os elementos cartográficos e os tipos de mapas; em matemática, as relações do conceito de escala; em português, explorar os textos em título, legenda e toponímias (nomes próprios dos lugares) presentes no mapa, que contribuem para a comunicação cartográfica. Para completar, pode ser trabalhada a educação ambiental, que, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é um tema especial a ser tratado de forma interdisciplinar.
Mas, afinal, o que é esse esporte nem tão conhecido da maioria? A corrida de orientação, como também é chamado, chegou ao Brasil na década de 1970 e passou a ser mais popular na área da educação física a partir de 1974, quando a Escola de Educação Física do Exército a incluiu em seu currículo. Como modalidade esportiva, surgiu na Suécia, no início do século 20, em uma tentativa de incentivar jovens a praticarem atletismo.
O objetivo da corrida de orientação é passar por pontos de controle em um terreno desconhecido, no menor tempo possível, com auxílio apenas de um mapa e uma bússola. A leitura do mapa é essencial para os participantes, pois nele estão presentes as simbologias que revelam as melhores rotas e obstáculos no caminho. Logo, não basta ser ágil na corrida, é preciso utilizar o raciocínio geográfico para interpretar o mapa e tomar as melhores decisões de percurso.
Precisa trazer informações claras, que indiquem aos atletas o que encontrarão no terreno. Não deve estar poluído, com informações em excesso. Inicialmente, não havia padronização dos mapas, utilizavam-se mapas turísticos ou topográficos para a prática, mas atualmente existem especificações oficiais e simbologia internacional (figura 1).
A bússola, um antigo instrumento de navegação criado pelos chineses para indicar o norte magnético da Terra, apresenta algumas adaptações para o esporte. Nas corridas de orientação, usa-se a bússola de polegar ou de dedo, que permite mais estabilidade aos atletas em movimento e traz marcações que auxiliam na orientação (figura 2).
O percurso é representado no mapa em escala grande de acordo com as simbologias oficiais. Como o atleta não deve conhecer o terreno antes da atividade, sua leitura e interpretação serão fundamentais. Assim, é essencial que o participante estude a simbologia para interpretação do mapa.
A geografia pode ser entendida como a ciência que estuda as relações entre os processos de formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza, por meio da leitura do espaço geográfico. Para fazer a leitura do mundo em que vivem, do espaço geográfico, com base nas aprendizagens em geografia, os alunos precisam ser estimulados a pensar espacialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico.
De acordo com a BNCC, a grande contribuição da geografia para os alunos da educação básica é desenvolver o pensamento espacial e estimular o raciocínio geográfico para interpretar e representar o mundo.
Dentre os princípios do raciocínio geográfico, destacam-se a localização e a orientação, que podem ser consideradas como ponto de partida para a leitura do espaço geográfico. Assim, é fundamental que sejam utilizadas ferramentas pedagógicas atrativas para se trabalhar tais conceitos cartográficos nas aulas de geografia. É aí que pode entrar a corrida de orientação.
Saber orientar-se é uma necessidade humana. Nos últimos anos, os instrumentos de orientação e locomoção têm se tornado cada vez mais avançados em virtude da tecnologia. Mas será que os estudantes de hoje entendem o que está por trás dos aplicativos de celular usados em nosso cotidiano?
Praticar a orientação utilizando um mapa pode ser um potencial conteúdo educativo a ser desenvolvido no espaço escolar.
Nas aulas de geografia, o exercício de localização e orientação pode começar no espaço mais comum, que é a sala de aula, e, à medida que os alunos ganhem maturidade, pode-se explorar os espaços externos, como pátio e quadra da escola. Os estudantes poderão treinar a leitura e a interpretação de mapas em um espaço conhecido e, assim, estarão desenvolvendo o raciocínio geográfico. A próxima etapa seria a prática ao ar livre em um terreno desconhecido, para que se ponham à prova todos os conceitos e conteúdos trabalhados na escola (figura 3).
Essa estratégia pedagógica pode ser aplicada para integrar a geografia, a educação física e outras componentes curriculares. Além disso, com ela é possível trabalhar as competências socioemocionais por meio do autoconhecimento, autocontrole, consciência social e tomada de decisão.
Isabela Habib Canaan da Silva
Departamento de Geografia,
Faculdade de Formação de Professores,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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