Assim como o cérebro simplifica a realidade, eliminando detalhes que não ajudam em nada na compreensão de um trajeto a ser percorrido, os aplicativos também se valem deste recurso – e, acredite, isso é ótimo!
Assim como o cérebro simplifica a realidade, eliminando detalhes que não ajudam em nada na compreensão de um trajeto a ser percorrido, os aplicativos também se valem deste recurso – e, acredite, isso é ótimo!
Frequentemente temos a necessidade de traduzir representações espaciais, como é o caso dos mapas e das imagens, ou ainda de gerar mapas mentais a partir de descrições, sejam elas faladas ou escritas. Aliás, já falamos um pouco disso na coluna Mapas contam histórias (CH 383). Naquele momento, comentamos como essas narrativas foram fundamentais para a transferência de conhecimentos de geração em geração.
Agora, no entanto, minha proposta é ressaltar outros aspectos relacionados a esse complexo processo de comunicação que acompanha toda a nossa evolução, desde os primórdios da civilização. O propósito é entender como o nosso cérebro insiste em simplificar a realidade, buscando meios de representação do mundo em uma linguagem geográfica, que, apesar de se distanciarem das formas reais com que os objetos se apresentam, são facilmente compreendidos por nós.
Aliás, quando tentamos traduzir um deslocamento de um determinado ponto a outro, que elementos descritivos usamos? Já pensou nisso? Tenho certeza de que chegaremos à mesma conclusão de que são distâncias, direções e alguns pontos de referência, que também chamamos de notáveis, dada sua importância. Aplicativos como o Google Maps usam largamente estas informações.
Ao ouvir, por exemplo, siga em frente por um quilômetro ou até o posto de gasolina e, logo após concluir o percurso, analisar as geometrias percorridas neste processo, perceberá que o trecho, necessariamente, não é uma reta. Na verdade, na maioria das vezes, ele é repleto de sinuosidades, cuja descrição detalhada não ajudaria em nada na compreensão do trajeto a ser percorrido. Simplificando fica mais fácil. E preste atenção: os próprios aplicativos usam este recurso da simplificação o tempo todo.
Outra generalização importante são as inflexões à direita ou à esquerda que precisamos fazer. Já reparou que, ao receber aquela orientação que manda virar e mudar de rua, o cérebro tende a formar um mapa que sempre apresenta angulações de 90 graus ou, no máximo, 45 graus? Incrível isso! Dado que muitas vezes não é assim, e isso não importa, porque iremos entender, acertar e sequer perceber a diferença.
Agora, o mais interessante é que isso vale não apenas para a descrição falada ou escrita, mas também quando precisamos ler um mapa simples, cujo objetivo principal é ajudar no deslocamento urbano. Neste caso, a título de exemplo, poderíamos resgatar aqui a fantástica história sobre a construção do mapa do metrô, que foge completamente ao rigor das formas e distâncias, objetivando uma melhor adaptação às funcionalidades a que se propõe. Por isso, mapas que visam a auxiliar um público em geral, como é o caso dos turísticos e de transporte, usam e abusam de recursos de abstração, recorrendo exageradamente ao uso de retas e angulações simples. E, acredite, nosso cérebro agradece.
No fundo, tudo é fruto de muita abstração, e isso é muito importante para que a linguagem espacial se faça mais efetiva. Afinal, os mapeadores têm que estar cientes de que, antes das geometrias, é preciso estar atento à topologia, algo fundamental para que tenhamos plena compreensão das relações espaciais. Comunicação é tudo!
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