Conhecido pela humanidade desde os tempos antigos e com data de descobrimento perdida no tempo, o mercúrio é um elemento químico bastante peculiar. Com 80 prótons no núcleo de seus átomos, é um metal denso, com o típico brilho apresentado por essa classe de materiais. Mas é líquido em temperatura e pressão ambientes e tem grande tendência a vaporizar.
Do ponto de vista químico, o mercúrio é bem menos reativo do que o cádmio e o zinco, os dois outros elementos de seu grupo na Tabela Periódica. Quanto à sua abundância na crosta terrestre, ele é o 66º colocado, sendo o cinábrio – ou sulfeto de mercúrio (HgS) – seu mineral mais comum, encontrado frequentemente em locais de atividade vulcânica ou geotérmica, como fontes termais e lagos alcalinos.
O nome do elemento tem origens alquímicas e se refere ao deus Mercúrio, associado à comunicação e ao movimento – possível referência ao ‘movimento’ desse metal líquido (figura 1). Seu símbolo químico (Hg) é derivado da palavra hydrargyros, seu antigo nome grego, o qual se tornou hydrargyrum, em latim, cujo significado é ‘prata líquida’.