Diretor britânico Ken Loach volta a mostrar uma Inglaterra empobrecida e decadente, mas amplia o foco ao retratar a vida de refugiados sírios
Diretor britânico Ken Loach volta a mostrar uma Inglaterra empobrecida e decadente, mas amplia o foco ao retratar a vida de refugiados sírios
CRÉDITO: DIVULGAÇÃO
A parceria entre o diretor Ken Loach e o roteirista Paul Laverty está de volta em O último pub (The Old Oak, no título original). Com um currículo de mais de 20 filmes, nessa obra a dupla reafirma a vocação pelo cinema político ao trazer mais uma vez para a telona as inquietantes temáticas sociais no contexto de uma Inglaterra empobrecida e decadente. Se no premiado Eu, Daniel Blake, Palma de Ouro no Festival de Cannes (2016), o sistema previdenciário e a política habitacional estiveram no foco, em O último pub (2023) o cotidiano de refugiados sírios numa pequena cidade no nordeste do país e as relações ali estabelecidas entraram em cena.
Em entrevista, Ken Loach descreve, com acerto social e político, o cenário de sua película: “A mina, as casas ao redor, a igreja, o bem-estar dos mineiros, o pub, a escola, o médico e o campo – quando a mina fecha, tudo fecha com ela, exceto as pessoas que ainda permanecem, e elas são abandonadas”. Trata-se de uma amostra do processo iniciado com as políticas ultraconservadoras da primeira-ministra Margaret Thatcher (1925-2013) e agravado pela crise econômica mobilizada, entre outros, pelo fechamento das minas de carvão. Será nesse contexto de empobrecimento e desesperança que os refugiados serão inseridos na sociedade inglesa pelo governo.
Será nesse contexto de empobrecimento e desesperança que os refugiados serão inseridos na sociedade inglesa pelo governo.
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