Apesar das estatísticas e dos números endossados por cientistas, um contingente considerável de pessoas ainda toma decisões com base em reações emocionais.

Por que a divulgação da ciência encontra tanta resistência em alguns círculos? Transmitir ao público interessado dados confiáveis e de fácil compreensão sobre tudo o que está acontecendo no mundo não parece ser bastante; principalmente no que tange às mudanças ambientais.

Um exemplo é o excelente documentário Uma verdade inconveniente,sobre aquecimento global, feito em 2006 pelo político norte-americano Al Gore. Trata-se de um trabalho cuidadoso, exaustivo, que primou pelo didatismo, apresentando o problema de maneira clara, contando com gráficos informativos e de formato atraente. Propostas de soluções também estavam lá.

O documentário deveria ter engajado o público e autoridades competentes e, assim, ajudar a reformar as atitudes frente ao gravíssimo problema ambiental da gestão responsável da energia. No entanto, o filme atraiu uma enxurrada de críticas e respostas negativas, partindo de fontes mal informadas, ou simplesmente maliciosas.


Por que a opção pela pseudociência reacionária? Uma interpretação possível é a de que o público em geral não consegue fazer uma avaliação realista dos riscos em pauta.

Franklin Rumjanek
Instituto de Bioquímica Médica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro

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