No Brasil, em educação‒ e,em especial, em educação matemática ‒, podemos perceber as influências das ideias sobre a promoção de igualdade de oportunidades. Isso se verifica, por exemplo, nas práticas em que se pretende nivelar os conhecimentos dos estudantes, com oferta de oportunidades de ensino e tratamento igualitários.
Em geral, essas práticas acabam por difundir a ideia de que, na medida em que grupos historicamente subalternizados tiverem acesso ao conhecimento escolarizado, as barreiras impostas para sua ascensão social serão transpostas.
Nesse contexto, com relação ao conhecimento matemático, especificamente, prevalece “um paradigma positivista que compreende ser esse conhecimento neutro, livre de valor e objetivo, existindo completamente fora da consciência humana, e seu manejo se trata de descobertas de fatos estáticos e sua subsequente descrição, classificação e transmissão”, nas palavras da pesquisadora Manuella Heloisa de Souza Carrijo, em sua dissertação de mestrado (2014), defendida na Universidade Federal de Goiás.
Em oposição a esse paradigma, a etnomatemática é um programa educacional que se define a partir dos conhecimentos matemáticos construídos pelos estudantes em suas interações sociais. Para entendermos melhor esse conceito, basta observarmos que a palavra etnomatemática é a união de três radicais: etno, que nos remete a etnia, cultura; matema; e tica.
Quanto as estes dois últimos radicais, o matemático Ubiratan D’Ambrósio, da Universidade Estadual de Campinas (SP), explica que “matema é uma raiz difícil, que vai na direção de explicar, de conhecer, de entender; e tica vem sem dúvida de techne, que é a mesma raiz de arte e de técnica”. Dessa maneira, pode-se dizer que matemática é uma arte ou técnica de explicar o mundo, e que etnomatemática é a arte ou técnica de explicar o mundo construídas por cada cultura.
Gabriela dos Santos Barbosa
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.
Relatando experiências pessoais, o colunista discute os estereótipos que rondam a imagem da profissão de cientista. E apresenta sua opinião sobre se há ou não diferença entre ser pesquisador e ser cientista, listando o que ele crê serem deveres deste último.
Doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii atinge milhões de brasileiros, com consequências graves para a saúde pública. Pesquisadores estão propondo alternativas de tratamento para acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos e assim beneficiar os pacientes.
A exploração do espaço voltou a ganhar momento, com a entrada em cena não só de novas agências espaciais, mas também de empresas que exploram comercialmente essa atividade. A tensão ideológica que marcou esse campo foi substituída pela cooperação
O mercado de sementes modificadas e dependentes de pesticidas tóxicos à saúde e ao ambiente está cada vez mais concentrado em algumas poucas megaempresas. É essencial visibilizar as formas de produção por trás do que comemos para alcançar alternativas saudáveis e justas
Há 50 anos, o lançamento do satélite Landsat-1 transformou nosso olhar sobre a superfície terrestre. Hoje, as técnicas de machine learning e deep learning promovem uma nova revolução, desta vez na “visão” dos computadores e no sensoriamento remoto do planeta
A pele – maior órgão do corpo humano – é habitada por uma vasta e diversa comunidade de micro-organismos, a microbiota. Esses seres invisíveis não só nos protegem contra doenças e alergias, mas também afetam nosso odor corporal, tornando-nos mais (ou menos) atraentes para insetos.
Há cerca de mil anos, a explosão de uma estrela no céu revelou pela primeira vez a luz síncrotron, radiação emitida por partículas elétricas e ultravelozes. Hoje, essa luz – agora gerada por aceleradores, como o Sirius, no Brasil – é uma ferramenta importante da ciência
As atividades de mineração da empresa Braskem em Maceió (AL) causaram o afundamento do solo, o que fez com que cerca de 60 mil pessoas tivessem que deixar suas casas. Essa população de deslocados internos ambientais ainda espera por compensações
Gases nobres são ditos inertes por não reagirem com outros elementos. Porém, depois de mais de um século de pesquisa, a química avançou na compreensão das condições com que esses elementos formam compostos. Hoje, vários derivados deles são conhecidos na Terra e no espaço.
Em um mundo que pede por soluções sustentáveis, a microbiologia tem papel importante: o uso de microrganismos para a fabricação de bioprodutos ‘verdes’. Planta-piloto em uma universidade brasileira promete impulsionar de forma pioneira a área no país
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |