Apesar de suas indiscutíveis contribuições, o químico estadunidense, ganhador do prêmio Nobel por duas vezes, equivocou-se ao propor uma estrutura tridimensional do DNA em forma de tripla hélice.
Apesar de suas indiscutíveis contribuições, o químico estadunidense, ganhador do prêmio Nobel por duas vezes, equivocou-se ao propor uma estrutura tridimensional do DNA em forma de tripla hélice.
CRÉDITO: IMAGEM WIKIPEDIA
Em 2003, uma notícia estrondosa percorreu o mundo: o genoma humano havia sido decifrado. O projeto, que iniciou em 1990 e que utilizou novas técnicas de biologia molecular, permitiu que mais de 3 bilhões de bases nitrogenadas que compõem nosso DNA (representadas pelas letras A, T, C, G) fossem sequenciadas, identificadas e catalogadas.
A magnitude desse feito é ainda mais impressionante se considerarmos que a estrutura molecular do DNA foi revelada apenas em 1953, e que antes disso nem se sabia se era o DNA que carregava a informação genética dos organismos vivos. Esse fato só foi confirmado em 1952, por dois cientistas estadunidenses, Alfred Hershey (1908-1997) e Martha Chase (1927-2003).
O Genoma Humano é considerado o maior projeto colaborativo na área de biociências da história, contando com a participação de 20 instituições de pesquisa e milhares de cientistas. Por outro lado, a descoberta da estrutura do DNA 50 anos antes foi uma corrida incessante pelo sucesso. Os vitoriosos e agraciados com o prêmio Nobel foram os biólogos James Watson (estadunidense) e Francis Crick (britânico, 1916-2004).
O grande perdedor dessa corrida foi o químico estadunidense Linus Pauling (1901-1994), renomado cientista, agraciado duas vezes com o prêmio Nobel – Química, em 1954, e Paz, em 1962 –, que formulou uma teoria sobre a estrutura do DNA que estava equivocada.
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