Em Eva: como o corpo feminino conduziu 200 milhões de anos de evolução humana, Cat Bohannon conduz a uma revolução narrativa na biologia evolutiva. Centralizando o corpo feminino, a autora desmonta uma perspectiva historicamente enviesada que negligenciou o impacto profundo da fisiologia feminina na evolução de nossa espécie e na formação do que conhecemos como humanidade. A obra emerge como uma correção necessária às histórias dominadas pelo masculino, expandindo nosso entendimento de marcos evolutivos cruciais, desde os primeiros mamíferos até as sociedades contemporâneas.

Bohannon começa com uma premissa provocadora: o corpo feminino foi uma força propulsora essencial na evolução humana. Desde a lactação pioneira de um pequeno mamífero há 205 milhões de anos até as complexidades da gestação, parto e menopausa, ela argumenta que o corpo feminino moldou não apenas o desenvolvimento biológico, mas também as estruturas sociais e culturais das sociedades humanas. Esse enfoque oferece uma visão alternativa ao bipedalismo e ao crescimento do cérebro, desafiando a narrativa centrada em características masculinas, como caça e força física.