Os avanços tecnológicos têm nos permitido ver além do brilho das estrelas e descobrir detalhes sobre seu nascimento, sua evolução e sua morte.
Observar estrelas no céu noturno, em lugar distante da poluição luminosa, é uma oportunidade única. Esses pontos brilhantes, com diferentes cores e tamanhos, há muito tempo despertam nossa curiosidade, fazendo com que levemos para o firmamento nossos mitos e lendas. A aparente eternidade das estrelas nos passa a sensação de que o divino e o mágico estão no céu.
Além de admirá-las, passamos a compreendê-las. Em particular, nos últimos 100 anos, graças aos avanços tecnológicos, podemos observar as estrelas além da luz visível, descobrindo os detalhes que envolvem seu nascimento, sua evolução e sua morte.
As estrelas são muito mais do que pontos brilhantes no céu. São objetos com grande massa em alta temperatura, e a matéria que as constitui está no estado de plasma, no qual se encontra altamente ionizada (eletricamente carregada). Devido ao balanço entre a força gravitacional, que tende a fazer a estrela contrair, e a pressão gerada pela alta temperatura, que tende a fazê-la expandir, a estrela permanece em equilíbrio na maior parte da sua existência.
As estrelas nascem de uma aglomeração de matéria no interior das nebulosas – gigantescas nuvens compostas basicamente por hidrogênio e hélio que podem ter centenas de trilhões de quilômetros de extensão. Por causa da gravidade, a matéria se aglomera na nebulosa e aumenta a densidade em alguns locais, que acabam atraindo mais matéria, começando a formar o que chamamos de protoestrela. Devido a esse acúmulo de massa, a força gravitacional fica mais intensa, levando as partículas a se chocarem umas com as outras em altas velocidades, aumentando a temperatura.