No ano de 2019, o japonês Akira Yoshino, da Universidade Meijo, no Japão; o britânico Michael S. Whittingham, da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos; e o norte-americano John B. Goodenough, da Universidade do Texas, também nos Estados Unidos, foram laureados com prêmio Nobel de Química por seus estudos e desenvolvimento das baterias de íons lítio. Os três pesquisadores dividiram igualitariamente o prêmio de cerca de 1 milhão de dólares. Isso, porém, não é nada comparado ao tamanho do mercado que essas baterias tendem a alcançar – estima-se um mercado de 92 bilhões de dólares, em 2024.
Energia é algo que impacta diretamente a maneira de viver do ser humano. Na verdade, temos bastante energia disponível na natureza, especialmente a que provém do sol. Mas, em geral, nos falta o conhecimento de como capturar, estocar e transportar de maneira eficiente essa energia. É nesse sentido que os avanços alcançados pelos três pesquisadores são cruciais para a humanidade. Ao desenvolverem uma bateria leve, baseada em íons lítio e em outros componentes de baixa densidade, eles viabilizaram o armazenamento e o transporte de energia de maneira relativamente eficiente, tornando o mundo verdadeiramente recarregável e portátil.
Pierre Mothé Esteves,
Instituto de Química,
Universidade Federal do Rio de Janeiro.