É impossível falar de macroecologia sem saber o que é escala. Na ecologia, podemos falar que existem três principais tipos de escalas para o estudo de padrões de biodiversidade.
A escala espacial se refere à dimensão geográfica ou física, que pode ser pequena como um fragmento de floresta, grande como um continente, e até mesmo global, envolvendo todo o planeta.
Já a escala temporal diz respeito ao intervalo de tempo considerado para o estudo em questão. Esse intervalo pode ser curto, como dias, semanas ou meses, e variar até atingir escalas longas, como décadas ou séculos.
Em estudos de ecologia de campo, por exemplo, é normal observarmos uma escala temporal pequena, em que as amostragens ocorrem por poucos dias. Escalas temporais maiores, que reflitam diferentes aspectos da biodiversidade ao longo de décadas, são tipicamente observadas em estudos de mudanças climáticas e ecologia de populações, enquanto escalas seculares ou milenares são adotadas para estudos de evolução das espécies.
A terceira escala é a escala taxonômica, e refere-se ao nível hierárquico e grupo de organismos estudados. Pode incluir desde um único táxon (uma espécie ou família) até grupos mais abrangentes, como classes (insetos, anfíbios, répteis, aves ou mamíferos etc.) ou mesmo reinos (animais, plantas, fungos etc.).
Estudos que abordam vários grupos taxonômicos são normalmente denominados multitaxa. Em investigações macroecológicas, pelo menos uma escala (espacial, temporal ou taxonômica) é grande ou ‘macro’ – por isso, o nome macroecologia.
Eduardo Soriano Sierra
Gostei muito deste artigo. Bem claro e objetivo.
Sergio R Floeter
Muito bem escrita a matéria! Macroecologia na cabeça!