No dia a dia, uma forma de aprender a construir o pensamento espacial é a observação direta no território. Pensar espacialmente, porém, é mais do que saber onde algo está localizado. É saber, também, formular questões. Por exemplo: por que um fenômeno ocorre em determinado local? Como esse fenômeno teve início? Há um padrão ou uma tendência relacionada a ele?
Ao entender o conceito de espaço, pode-se usar suas propriedades (dimensionalidade, continuidade, proximidade, distância) para problematizar, encontrar respostas e comunicar soluções. Ao expressar as relações dentro de estruturas espaciais, pode-se perceber, compreender e analisar as propriedades dinâmicas e estáticas de objetos, além de suas transformações.
O pensamento espacial, portanto, é uma forma distinta de pensamento, e é essencial na formação de qualquer pessoa. A questão é: como desenvolvê-lo na escola?
Dentro da sala de aula existem diversos desafios enfrentados pelos professores para promover um ambiente de aprendizagem interessante aos alunos e que responda às demandas impostas pelo mundo atual. Ferramentas que podem tornar as aulas mais
dinâmicas e atrativas são fundamentais para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem no século 21.
A análise espacial e a pesquisa em ambiente GIS (sigla em inglês para Sistema de Informação Geográfica) permitem identificar problemas e relações espaciais e sua representação em mapas que podem ser digitais e interativos, desenvolvendo habilidades geoespaciais. Um desses recursos é o Google Earth, mais popular das geotecnologias, mas ainda muito pouco explorado enquanto recurso didático.
O Google Earth apresenta uma série de potencialidades que contribuem para o desenvolvimento do pensamento espacial, como demonstramos em uma experiência didática para aulas de geografia, em que foram utilizadas as ferramentas de localização, viagem espaço-temporal e dimensionalidade (2D/3D, Street View).
A ferramenta de localização permite identificar e pensar a própria inserção do/a aluno/a no espaço geográfico ou de algum fenômeno a ser estudado, que pode ser analisado a partir de diferentes perspectivas (visão do alto, visão oblíqua ou como se estivesse inserido no mapa). O programa também permite a análise do espaço com diferentes níveis de detalhamento. A junção de todas essas facilidades permite que o/a aluno/a tenha uma visão ampla do espaço geográfico e aprenda a pensá-lo integralmente.
Atividades propostas no Google Earth desenvolvem o pensamento espacial, pois conseguem relacionar os três campos fundamentais para a construção desse conhecimento: as representações espaciais, as relações espaciais e a análise do espaço em diversas escalas com diferentes níveis de detalhamento e em diferentes perspectivas espaciais (2D e 3D).
As geotecnologias, portanto, apresentam inúmeras possibilidades e são mediadoras da aprendizagem. Apesar de todo esse potencial para o uso dessas tecnologias no ensino de geografia, a maioria dos professores não sabe como aplicar ou utilizar em sala de aula. A maior parte dos professores em exercício são os chamados “imigrantes digitais”, porque
nasceram antes da massificação da internet e outras ferramentas. Por isso, os docentes podem se sentir inseguros para desenvolver atividades que tenham as novas tecnologias como principal recurso.
E como superar essa dificuldade? É necessário que o conhecimento dessas ferramentas de computação faça parte do processo de formação do professor, de modo que ele seja capaz de associá-las à sua prática pedagógica. Só assim ele será capaz de superar barreiras, tanto no âmbito administrativo quanto no pedagógico.
O pensamento espacial também pode ser desenvolvido em ações que já fazem parte do nosso cotidiano, como pedir comida, transporte ou buscar um itinerário em aplicativos. Pode ser um bom exercício em sala de aula usar essas ferramentas geotecnológicas já tão familiares para boa parte dos estudantes, como GPS (Sistema de Posicionamento Global), e aplicativos de celular com recurso de geolocalização (Ifood, Uber, Waze, Google Maps etc.).
O geógrafo espanhol Antonio Moreno Jiménez denomina o paradigma definido pela geotecnologia como uma nova maneira de fazer ciência. Isso não se dá apenas como resultado dos avanços tecnológicos, mas também devido ao aumento na produção e na disponibilização de dados espaciais (big data, mineração de dados, contribuições voluntárias, entre outros), que, mais do que nunca, precisam ter sua qualidade verificada. Esse paradigma científico se inspira também nas tecnologias GIS, não só como uma ferramenta aplicada, mas como uma metodologia para aprender, ensinar e pesquisar.
Toda essa discussão sobre geoinformação se alinha à definição de pensamento espacial proposta pelo Conselho Nacional de Pesquisa (National Research Council) dos Estados Unidos, em 2005. As habilidades geográficas fornecem ferramentas e técnicas necessárias para pensar espacialmente, permitindo observar padrões, associações e ordem espacial.
Tudo isso nos auxilia na capacidade de, por exemplo, analisar os processos interconectados da natureza e do impacto humano ao longo do tempo e em escalas apropriadas, o que desenvolve o pensamento crítico a respeito das nossas interferências sobre o meio em que vivemos e a interação entre ambos.
Taís Alcântara, Marcelo Costa e Monika Richter
Departamento de Geografia e Políticas Públicas do Instituto de Educação de Angra dos Reis
Universidade Federal Fluminense
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