Ter sido convidada a deixar uma mensagem para as jovens que também queiram seguir carreira na ciência foi um enorme orgulho, e coincide com o que, em minha percepção, marcou parte de minha carreira. Sempre apoiei e incentivei estudantes, quando professora e pesquisadora no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), de onde estou hoje aposentada. 

Esse incentivo partia da pergunta: o que traz brilho para seus olhos e deixa seu coração feliz? E conversávamos sobre isso, em busca do que poderia ser mais adequado para cada perfil. Assim, orientei pesquisas dentro da zoologia e do ensino de ciências, além de desenvolver, com alguns(mas) dos(as) estudantes, projetos de divulgação científica, como vídeos e animações voltados para a escola básica e superior. 

Seguir carreira científica envolve ter interesse pela natureza e seus fenômenos, ter curiosidade, gostar de fazer perguntas e sentir motivação para buscar respostas. Foram esses aspectos que nortearam minhas escolhas desde cedo. Talvez estimulada pelo ambiente familiar, como filha de professores de escola pública. Infelizmente, perdi minha mãe para o câncer, aos meus 12 anos, tendo sido difíceis esses tempos em todos os sentidos.