Apesar de a poluição luminosa ser cada vez mais intensa, ainda há diversos locais no mundo com condições ideais para a observação astronômica, seja com finalidade científica, recreativa ou para pura contemplação. Segundo o Atlas Mundial do Brilho do Céu Noturno, regiões remotas e, obviamente, mais distantes dos centros urbanos, ainda preservam características de um céu escuro. Entre os países que exploram as atividades, os Estados Unidos têm papel de destaque. Lá, o astroturismo está consolidado desde o começo do século 21, com participação importante na economia do setor turístico, principalmente nos estados do meio-oeste.
Na América Latina, o Chile tem posição de protagonismo, um dos casos de maior sucesso no mundo. Alavancado primeiramente pela instalação de observatórios profissionais a partir da década de 1960, o país passou a investir em turismo astronômico no final dos anos 1990. As regiões de Atacama, Antofagasta e Coquimbo, que ocupam extensas áreas ao norte do país, estão entre as melhores do mundo para a observação astronômica, como atesta a presença de diversos observatórios profissionais de ponta. Há no Chile mais de uma dezena de observatórios didáticos, além de centros astronômicos e empresas que atuam na rota do astroturismo. Outros países que investem em boa estrutura para a atividade são Portugal, Espanha, Austrália, Canadá e Namíbia.
Os portugueses têm a região de Alqueva como o primeiro destino astroturístico reconhecido na Europa. A Espanha, a partir de ações e programas pioneiros do Instituto Astrofísico das Canárias, teve suas atividades em turismo astronômico estabelecidas a partir do começo deste século. Países do sudeste asiático, como Indonésia e Coreia do Sul, também têm voltado suas atenções para os céus noturnos, adotando políticas para atrair turistas. Na África, destaca-se a Namíbia com um dos céus mais escuros do planeta. Apesar de possuírem climas desfavoráveis, Reino Unido e Canadá também atraem astroturistas.