Poluição, destruição de habitats, invasão de espécies exóticas, sobrepesca e mudanças climáticas estão na lista das agressões causadas ao oceano por ações humanas. Há como reverter tudo isso?
Poluição, destruição de habitats, invasão de espécies exóticas, sobrepesca e mudanças climáticas estão na lista das agressões causadas ao oceano por ações humanas. Há como reverter tudo isso?
Na maioria das vezes, o mundo não é justo. Um exemplo disso é a nossa relação com o oceano. Enquanto ele proporciona benefícios evidentes à humanidade – alguns muito perceptíveis, como a sensação de bem-estar ao contemplarmos uma praia, e outros menos óbvios, como o oxigênio disponível na atmosfera para respirarmos –, nós retribuímos com agressões, que podem ser agrupadas em poluição, destruição de habitats, invasão de espécies exóticas, sobrepesca e mudanças climáticas.
Plásticos, metais pesados, esgoto doméstico, fertilizantes, medicamentos… A poluição marinha é composta de todo tipo de lixo. Há o que é despejado diretamente no oceano e o que fazemos chegar a ele por meio da poluição dos rios, que, como se sabe, quase todos, deságuam no mar. Do lixo que chega às águas oceânicas, 80% têm origem no continente.
Embora a poluição possa causar impactos agudos – como a morte de animais marinhos em decorrência de um derramamento de petróleo –, as atividades humanas têm destruído habitats marinhos diretamente. Exemplos? A supressão de manguezais para cultivo de camarões; a erosão das praias, que colapsa a economia de municípios litorâneos; a mineração de algas calcárias, como os bancos de rodolitos, que comprometem a biodiversidade e a produção pesqueira. Cabe também mencionar que a ocupação humana em regiões litorâneas – que trazem excesso de construções para a proximidade do espaço marinho – provoca a diminuição da biodiversidade em regiões costeiras, interferindo em muitos ecossistemas, como recifes de corais, dunas, restingas e, novamente, manguezais.
Outro ponto preocupante é a introdução de espécies exóticas, isto é, o transporte de organismos de uma região para outra, algo que muitas vezes acontece, sem querer, pelo fato de embarcações carregarem seres vivos presos aos seus cascos ou em tanques de água usados para estabilizar a navegação. As espécies exóticas invasoras podem se proliferar nas novas regiões e modificar os ecossistemas marinhos locais, causando desequilíbrios ambientais. O coral-sol, originária do Indo-Pacífico, foi introduzido no Brasil a partir de plataformas de petróleo, e já está presente em nove dos 17 estados litorâneos, causando problemas à biodiversidade marinha, principalmente por sua capacidade de proliferação sobre costões rochosos.
Conforme o relatório State of The World Fisheries and Aquaculture (SOFIA), lançado em 2022 pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), estamos comendo mais alimentos aquáticos do que nunca. Eles representam cerca de 17% da proteína animal consumida no mundo. Contudo, a pesca ilegal, realizada em áreas proibidas ou fora dos períodos permitidos, provoca a mortalidade excessiva de organismos, que são alvo ou não da pesca, prejudicando os ecossistemas marinhos e a própria atividade pesqueira. É por isso que as lagostas comercializadas no país estão cada vez menores, mais raras e, consequentemente, mais caras.
Embora haja um movimento cada vez maior quanto ao uso de novas fontes energéticas, a matriz energética global ainda é o petróleo, um tipo de combustível fóssil que influencia nas mudanças climáticas, levando à diminuição das calotas polares e ao aumento do nível do mar, reduzindo o oxigênio na água do mar e causando erosão nas praias e inundações das cidades costeiras. A acidificação da água do mar é ainda uma grande incógnita quanto aos seus reais impactos à biodiversidade e às atividades humanas, incluindo a segurança alimentar.
Em síntese, as ameaças que afetam o oceano são variadas e complexas. E muitas delas são geradas longe do mar, a partir de atividades humanas ocorridas no continente que contribuem para o impacto no litoral, como as barragens para geração de energia hidrelétrica, que retêm sedimento que pode escassear e causar erosão na zona costeira. O uso excessivo da água nas bacias hidrográficas, seja para agricultura ou para uso humano ou industrial, também reduz a capacidade da areia chegar ao mar e alimentar as praias.
É possível mudar esse cenário se compreendermos de fato como nossas ações têm comprometido esse importante bioma: o oceano, nosso aliado na busca da sustentabilidade no planeta.
Até recentemente classificada como uma única espécie, a preguiça-de-coleira do Sudeste ganhou nova revisão taxonômica e passou a ser chamada Bradypus crinitus. Com a restrição da área de ocorrência e o desmatamento crescente da Mata Atlântica, seu risco de desaparecimento pode ser ainda maior.
A interrupção espontânea da gravidez é o problema de origem genética mais comum entre os seres humanos. Tanto a idade precoce quanto a avançada da mulher têm um papel crucial no aborto natural, o qual resulta de anormalidades cromossômicas fetais.
A associação de duas técnicas científicas tem potencial para se transformar em uma ferramenta de análise portátil, rápida e precisa para identificar a espécie de árvores produtoras de madeira nobre e, assim, ajudar fiscais no combate ao tráfico ilegal de madeira no Brasil
Simples e eficientes, as reações da chamada química click guardam semelhanças com o famoso brinquedo infantil de bloquinhos para montar, pois permitem que duas moléculas se ‘encaixem’ de modo muito específico. A área, de alta importância econômica, foi tema da premiação do Nobel do ano passado
Há cerca de 100 anos, físicos renomados imaginaram experimentos com ‘gatos-zumbis’ e ‘ações fantasmagóricas’ para criticar o que consideravam profundas estranhezas de uma teoria então recém-desenvolvida, a mecânica quântica, que lida com os fenômenos do diminuto mundo atômico e subatômico
Cada vez mais, a economia circular deve se voltar para o ambiente marinho, com o objetivo de ter um oceano limpo, saudável e resiliente, previsível, seguro, sustentável e produtivo, transparente e acessível, e conhecido e valorizado por todos, como recomendam as Nações Unidas.
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