‘Pobres Criaturas’ e o fantasma de gênero

Programa de Pós-Graduação em Filosofia (doutoranda)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Vencedor em quatro categorias no Oscar, filme parte do bizarro e do fantástico para abordar questões de gênero, com provocações que dividiram a opinião da crítica

CRÉDITO: IMAGENS DIVULGAÇÃO

Em uma sociedade na qual os padrões de gênero são tão rigidamente definidos, o filme Pobres Criaturas (‘Poor Things’) se destaca como um espelho provocativo, refletindo não apenas a natureza arbitrária e, por vezes transitória, do gênero, mas também as consequências devastadoras de violências e da segregação social baseadas nisso. Sob a direção do grego Yorgos Lanthimos e roteiro do australiano Tony McNamara, este filme nos leva a uma jornada profunda através das complexidades da compreensão social de gênero, conectando-se aos conceitos da filósofa norte-americana Judith Butler – sendo o principal deles o de que gênero é uma performatividade e não um atributo fixo da pessoa. 

Desde o início, o filme protagonizado pela norte-americana Emma Stone, que ganhou o Oscar de melhor atriz pelo papel, demonstra uma intenção de desafiar as normas de gênero estabelecidas, apresentando-nos à personagem principal, Bella, uma mulher cuja identidade foi completamente redefinida após um experimento médico controverso. Bella personifica a fluidez e a fragilidade do gênero, desafiando as expectativas convencionais do que é socialmente entendido por feminilidade e compreendido por masculinidade.

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