Vigésimo presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, Jerson Lima Silva tomou posse em janeiro último ciente de que encara um dos momentos mais difíceis dos 39 anos da agência de fomento à pesquisa fluminense. Professor titular do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), membro titular da Academia Brasileira de Ciências e premiado por seu trabalho pioneiro na compreensão dos mecanismos das proteínas relacionadas a doenças como câncer e Parkinson, o pesquisador tem deixado o laboratório de lado para dedicar a maior parte de seu tempo a “reengenheirar o fomento do passado, do presente e do futuro”. Não é para menos. A Faperj tem um passivo de R$ 630 milhões em recursos que não foram pagos a projetos aprovados durante a crise fiscal do Estado do Rio, mas também precisa seguir investindo. Apesar disso tudo, Jerson se diz um otimista, acredita que pode reequilibrar as finanças em um ano e aposta em áreas como bioeconomia, biotecnologia, tecnologia da informação, nanotecnologia e outras para recuperar a economia do estado.
Ciência Hoje: O senhor assumiu a presidência da Faperj em janeiro, e o Estado do Rio ainda sofre os efeitos de sua pior crise. O que pode dizer desses primeiros meses?
Jerson Lima Silva: O começo, nessas circunstâncias, é sempre difícil, mas há uma expectativa grande. O estado ainda sofre com problemas fiscais e econômicos. Pela Constituição do Estado do Rio, 2% da arrecadação líquida vão para a Faperj; então se o estado arrecada menos, a fundação recebe menos. Mas a única maneira de o estado passar a arrecadar mais é mudando sua matriz econômica. A economia fluminense ainda é baseada em commodities, principalmente de petróleo. Há outras questões de gestão, mas a única garantia de que daqui a dez anos não haverá outra crise fiscal é diversificar as fontes de recursos que temos hoje.
Valquíria Daher
Jornalista / Instituto Ciência Hoje
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