A física sempre me fez sentir estimulada e confortável, mesmo antes da universidade. Se vivi algum momento de indecisão, bastou uma semana frequentando o curso normal, de formação de professores, para perceber que aquele não era meu lugar. Quase imediatamente, voltei ao ‘científico’ (que correspondia, até o início dos anos 1970, ao ensino médio, mas focado nas ciências exatas, enquanto o ‘clássico’ era voltado às humanas). No curso, os livros eram da série PSSC (Physical Science Study Committee), projeto criado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e trazido para o Brasil na década de 1960; e neles encontrei, quase que brincando, demonstrações de como os gigantes de As viagens de Gulliver seriam esmagados pelo próprio peso se viessem ao nosso mundo, e também de que a intensidade da luz varia com o inverso do quadrado da distância da fonte. Tudo sem uma fórmula a decorar.
Assim, decidi bem cedo ser física. A profissão era pouco comum, o que motivou um episódio curioso. Meu pai conseguiu contatar um pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e o convidou a nos visitar. Em um sábado, o físico apareceu e começou a me fazer perguntas simples de matemática e física, que respondi apressada porque tinha um encontro marcado na praia. Fiquei sabendo depois que meu pai entrevistou o físico perguntador para saber se era possível sobreviver trabalhando com física, e se eu teria chance. As respostas às duas perguntas foram positivas, e aqui estou… Devido à pressa, não fixei o nome daquele físico, hoje gostaria de saber quem foi.
Para mim, fazer física é uma sucessão de desafios a enfrentar. A pesquisa pelas respostas é muitas vezes prazerosa, e chegar a resultados novos é gratificante.
Belita Koiller
Instituto de Física
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Para acessar este ou outros conteúdos exclusivos por favor faça Login ou Assine a Ciência Hoje.
Ter vencido um câncer na juventude levou a bioquímica Mariana Boroni a se dedicar à pesquisa oncológica, passando pelo estudo de proteínas e pelo uso de ferramentas da informática e da biologia molecular para tentar responder perguntas cruciais da oncologia.
Apaixonada pela matemática desde pequena, Carla Negri Lintzmayer, vencedora do prêmio ‘Para Mulheres na Ciência 2023’, escolheu a ciência da computação para investigar questões estruturais de casos reais ou teóricos e resolver problemas de forma eficiente.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |