Manual do ódio às mulheres

Curso de Especialização em Literatura Infantil e Juvenil
Faculdade de Letras
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escritora de livros para crianças

Como o livro ‘Martelo das feiticeiras’ foi usado para perseguir, torturar, condenar e matar mulheres acusadas de bruxaria

CRÉDITO: DIVULGAÇÃO

O psiquiatra Carlos Byington, no prefácio da edição do Malleus Maleficarum, editado no Brasil pela editora Rosa dos Ventos, o apresenta como a bíblia dos inquisidores, cujas páginas são as mais terríveis do Cristianismo. Conhecido como Martelo das feiticeiras, o livro foi amplamente utilizado como receita para torturar, condenar e matar as mulheres acusadas de bruxaria. 

O Martelo das Feiticeiras foi escrito por dois teólogos dominicanos, Heinrich Kramer (1430-1505) e James Sprenger (±1435-1495), no ano de 1484, auge do Renascimento, em plena Idade Moderna. Em um tempo reconhecido como sendo o Século das Luzes, Kramer e Sprenger receberam o apoio incondicional do Papa Inocêncio VIII (1432-1492) para, oficialmente, darem início a um dos maiores genocídio da história.

Muito embora o livro fale de bruxos e bruxas, ele é dirigido preferencialmente às mulheres que, segundo os autores “…é mais carnal que o homem, como fica claro pelas inúmeras abominações carnais que pratica. Deve-se notar que houve um defeito na fabricação da primeira mulher, pois ela foi formada por uma costela de peito de homem, que é torta. Devido a esse defeito, ela é um animal imperfeito que engana sempre”.

Mas quais motivos levavam uma mulher a esses tribunais macabros? Praticamente tudo, bastava que fossem denunciadas por seus vizinhos, pelos maridos, padres etc

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