Poucos são os temas que fascinam tanto as pessoas quanto a origem da vida. De onde viemos? Para onde vamos? Como tudo o que está à nossa volta surgiu? Desde os tempos da Grécia antiga, passando por experimentos clássicos da década de 50, que revelaram a facilidade da criação de moléculas orgânicas em laboratório, muito aconteceu. Mesmo assim, ainda não fomos capazes de gerar um ser vivo a partir de um conjunto de moléculas. Aliás, estamos bem longe disso. Mas o registro fóssil nos ajuda a olhar para o passado e, por meio de evidências concretas dos primeiros seres vivos, entender como tudo começou.
Em uma série de colunas, apresentarei os diferentes enfoques e problemas a serem enfrentados nessa área, bem como os avanços da ciência até o momento, incluindo as evidências encontradas no registro fóssil. Sem aprofundar muito, inicio com algumas das diferentes explicações da origem da vida oferecidas por culturas e religiões diversas.
Alexander W. A. Kellner
Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Academia Brasileira de Ciências
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Criado há mais de 20 anos diante do aumento das queimadas, o sistema brasileiro de monitoramento por satélites é um dos mais acurados do mundo, capaz de informar, em tempo real, o corte de vegetação e analisar o uso da terra. Desafio é usar informações para preservar a biodiversidade.
Certamente, você já ouviu falar do silicone usado em cirurgias plásticas. Mas sabia que seu principal componente é o silício? E que esse elemento químico está em alimentos, cosméticos, medicamentos, circuitos eletrônicos e painéis solares?
Diferentes dos seres assustadores e perigosos da ficção, as plantas carnívoras podem trazer inúmeros benefícios aos humanos. As orvalhinhas, por exemplo, muito frequentes no Brasil, são capazes de combater diversas doenças, como o câncer, mas sofrem ameaça de extinção.
Desde a Antiguidade, a humanidade vem acumulando conhecimento preciso e confiável sobre os fenômenos elétricos e magnéticos. Mas hoje, infelizmente, há oportunistas que, com base em ideias pseudocientíficas, vendem produtos que prometem curas ou tratamentos milagrosos.
Pesquisadores apresentaram o registro mais antigo da interação entre insetos e plantas preservado em folhas de angiospermas fósseis encontradas na Ilha Nelson, na parte ocidental da Antártica, evidenciando um clima mais ameno na região há 75 milhões de anos
Com ajuda de imagens detalhadas obtidas por técnica sofisticada de tomografia, pesquisadores descreveram o réptil voador extinto mais completo encontrado no continente australiano e que possui afinidade com espécies do Brasil
Espécie de 11 a 15 metros de comprimento foi descoberta em rochas de 47 milhões de anos em uma mina indiana e sugere que o gigantismo alcançado por esses répteis seja decorrente das condições de temperatura de florestas tropicais que existiam naquele país
Dente encontrado em rochas de 34 milhões de anos no Acre indica a inesperada presença de uma linhagem de primatas asiáticos extintos na Amazônia, trazendo novos dados sobre a colonização do continente sul-americano por esses mamíferos
Análise de exemplares coletados em camadas formadas entre 238 e 236 milhões de anos atrás amplia a diversidade de répteis fósseis que antecederam os dinossauros, acentuando as diferenças entre as faunas triássicas do Brasil e da Argentina
Pesquisadores chineses e brasileiros descreveram o mais completo réptil alado de um grupo raro denominado Chaoyangopteridae, que foi encontrado em rochas de cerca de 125 milhões de anos e celebra duas décadas de colaboração entre os dois países na paleontologia
Sociedade de Paleontologia de Vertebrados (Estados Unidos), principal organização que agrega pesquisadores, técnicos, artistas e demais interessados na área, acaba de realizar sua 83a reunião anual, com muitas homenagens e novidades da pesquisa paleontológica
Pesquisadores projetam que a formação de uma extensa massa continental, denominada Pangeia Última, daqui a cerca de 250 milhões de anos, vai gerar condições climáticas extremas, sobretudo um aquecimento global que irá restringir as regiões habitáveis do planeta
Publicada na capa da revista Nature, descrição de réptil fóssil de cerca de 230 milhões de anos encontrado no Brasil sugere que os precursores dos dinossauros e pterossauros eram bem mais diversificados do que se supunha
Nesta data especial em que a Ciência Hoje chega à edição n⁰ 400, Alexander Kellner apresenta um breve histórico da criação da coluna Caçadores de fósseis, a mais antiga em atividade na revista, com 184 textos publicados até hoje, alguns reunidos em um livro
Simpósio internacional sobre pterossauros, na cidade do Crato (CE), reuniu alguns dos principais pesquisadores da área, que apresentaram novos estudos e participaram de atividade de campo em depósitos da Chapada do Araripe, mundialmente conhecida pelos seus fósseis
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